O Governo do Estado do Rio de Janeiro promoveu, nesta sexta-feira (15), uma série de encontros no espaço Conexão 2030, abordando resiliência urbana e os desafios das mudanças climáticas em áreas urbanas. O evento destacou os impactos de eventos climáticos extremos, como chuvas intensas e enchentes, nas grandes cidades.
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Durante o evento, o governador Cláudio Castro reforçou o comprometimento do estado com ações de prevenção e infraestrutura.
“Passamos por tragédias e avançamos muito com obras importantes e educação para a resiliência. Ainda temos desafios, mas estamos cada vez mais preparados para enfrentar eventos extremos”, afirmou o governador.
Uma das iniciativas apresentadas foi o Portal Ambiente Resiliente, criado pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade. O objetivo é promover a resiliência nos 92 municípios do estado, estruturando políticas públicas específicas para cada região.
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Marie Ikemoto, subsecretária de Mudanças do Clima e Conservação da Biodiversidade, explicou que o portal será transparente e acessível.
“Temos uma assessoria especial para cidades resilientes, e nosso foco é atender de forma personalizada às necessidades locais”, destacou.
O evento também alertou para a necessidade de equilibrar áreas urbanas com espaços verdes e azuis.
Ana Asti, subsecretária de Recursos Hídricos e Sustentabilidade, frisou que o excesso de áreas concretadas prejudica a resiliência das cidades.
“O ‘acinzentamento’ dos espaços dificulta a adaptação aos impactos de chuvas e inundações”, ressaltou.
A busca por moradia digna, especialmente em situações de tragédias climáticas, também foi abordada. Ruth Jurberg, coordenadora do Programa Cidade Integrada, explicou que o projeto foca nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para melhorar a qualidade habitacional em comunidades do estado.
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Outro destaque foi a estratégia de simbiose industrial, que propõe integrar indústrias para reutilizar recursos e reduzir impactos ambientais. Santa Cruz foi apresentada como pioneira dessa iniciativa no Brasil, inspirada no modelo dinamarquês Kalundborg Symbiosis.
Mariana Maia, superintendente de Resíduos Sólidos e Economia Circular, enfatizou que a integração entre empresas e secretarias é essencial.
“O que descartamos hoje pode ser insumo amanhã, com controle e inovação”, disse, destacando que a estratégia já conta com um grupo de trabalho para expandir o modelo para outros setores.
Lisbeth Randers, representante da Kalundborg Symbiosis, reforçou o potencial de Santa Cruz como referência nacional em sustentabilidade.
“Santa Cruz pode ser um exemplo para o Brasil”, concluiu.