Morte de maestro Roberto de Regina comove cenário musical brasileiro | Reprodução/Youtube
O falecimento do cravista e maestro Roberto de Regina, aos 98 anos, foi confirmado nesta sexta-feira (25). A morte de Roberto de Regina, causada por razões naturais, foi anunciada por meio da página da Capela Magdalena, localizada em Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O espaço cultural sediou concertos promovidos pelo músico durante décadas.
Segundo um parente próximo, o músico já enfrentava um quadro de saúde fragilizado. Ele passou por internação em dezembro por cerca de dez dias. Mesmo debilitado, mantinha vínculos com o ambiente artístico e acadêmico.
Na rede social Instagram, uma homenagem publicada em seu perfil expressou o sentimento de perda:
“Tio, sentiremos muita saudade. O adeus não apaga a história. Ele só nos ensina a guardá-la com mais carinho.”
Legado e trajetória artística
Desde a década de 1940, Roberto de Regina destacou-se como cravista e regente. Seu trabalho consolidou a presença do cravo na música clássica brasileira. Além disso, como luthier, foi o primeiro brasileiro a fabricar o instrumento no século XX, papel que o posicionou como figura central na difusão do cravo no país.
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O cravo, muito utilizado entre os séculos XVI e XVIII na Europa, possui características sonoras únicas. Suas palhetas acionam cordas que produzem um som distinto do piano. A dedicação do maestro a esse instrumento marcou gerações e contribuiu para sua popularização no Brasil.
Da medicina à música
Roberto de Regina formou-se em medicina no ano de 1952. Entretanto, mesmo durante os estudos, já demonstrava forte inclinação para a música. Essa paixão, com o tempo, tornou-se seu principal caminho profissional. Sua contribuição à música erudita foi reconhecida em todo o território nacional.
Em fevereiro deste ano, o maestro recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A iniciativa foi do Departamento de Instrumentos de Teclado da instituição, em reconhecimento ao legado artístico do homenageado.
