
Morre Washington Olivetto, ícone da publicidade brasileira | Reprodução/Redes Sociais
Washington Olivetto, um dos maiores nomes da publicidade mundial, faleceu neste domingo (13), aos 73 anos, no Hospital Copa Star, em Copacabana. Ele estava internado para tratar complicações decorrentes de uma cirurgia pulmonar realizada em São Paulo.
Com uma trajetória marcada por campanhas inovadoras, Washington Olivetto recebeu mais de 50 Leões no Festival de Cannes, apenas na categoria filmes. Em 2001, tornou-se o único latino-americano a conquistar o prêmio Clio por um comercial para a revista Época. Além disso, foi eleito duas vezes o publicitário do século pela Associação de Agências Latino-Americanas (ALAP) e pelo site Monitor Mercantil.
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Olivetto também foi homenageado com o “Clio Lifetime Achievement Award” em 2014 e, no ano seguinte, foi o primeiro não anglo-saxão a integrar o Creative Hall of Fame do The One Club. Seu trabalho ainda inspirou Jorge Ben Jor a compor “Alô, Alô, W/Brasil” e “Engenho de Dentro”, além de dar nome a pratos em restaurantes renomados.
Washington Olivetto nasceu em 29 de setembro de 1951, no bairro da Lapa, em São Paulo, e iniciou sua carreira em 1969 como redator. Aos 18 anos, conquistou seu primeiro prêmio, um Leão de Bronze no Festival de Cannes. Cinco anos depois, levou o primeiro Leão de Ouro brasileiro com a campanha “Homem com mais de 40 anos”.
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Entre suas campanhas mais icônicas está o “Garoto Bombril”, lançado em 1978. O comercial, protagonizado por Carlos Moreno, entrou para o Guinness Book como a campanha mais longa da história, permanecendo no ar por 34 anos. Outra peça célebre é “O Primeiro Sutiã”, criada em 1987, considerada um dos 100 maiores comerciais de todos os tempos.
Apaixonado pelo Corinthians, Olivetto foi vice-presidente de Marketing do clube em 1981 e participou do movimento “Democracia Corintiana”. Em 2013, foi homenageado pela escola de samba Gaviões da Fiel, que desfilou com o enredo sobre a história da publicidade brasileira. Nas redes sociais, o Corinthians lamentou sua morte, destacando o legado de um dos maiores publicitários do país.
Em 2001, Washington Olivetto foi sequestrado por um grupo de criminosos estrangeiros. Ele foi abordado em uma falsa blitz da Polícia Federal e passou 53 dias em cativeiro. Mantido em um quarto escuro e sem janelas, o publicitário sofreu agressões e precisou utilizar uma lata de lixo como banheiro. O pedido de resgate de R$ 10 milhões não foi pago, e ele foi libertado após uma operação policial.