Morre Pampa, herói e pioneiro do vôlei de ouro | Reprodução
O mundo do vôlei está em luto com a morte de André Felippe Falbo Ferreira, o Pampa, aos 59 anos, em São Paulo, por decorrência de complicações no tratamento de um câncer. Ícone da “geração de ouro”, Pampa foi um dos responsáveis por levar a Seleção Brasileira ao topo do pódio nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992, conquistando a primeira medalha de ouro olímpica da modalidade para o país.
Em janeiro, Pampa foi diagnosticado com Linfoma de Hodgkin, um tipo de câncer no sistema linfático. Assim, deu início imediatamente à sessões de quimioterapia.
Inicialmente, realizou quatro sessões. Porém, após esse período, apresentou complicações e precisou de atendimento emergencial. Ficou internado em Campos dos Goytacazes por mais de um mês, e com o agravamento do quadro, a família decidiu realizar sua transferência para São Paulo, em abril.
Pampa deixa esposa, Paula Falbo, e duas filhas, Maria Isabella e Rafaella Ferrer. A família decidiu realizar o em Recife, terra natal de Pampa, no Memorial Guararapes. Todavia, ainda não há informação sobre de data e horário.
Morre Pampa, herói e pioneiro do vôlei de ouro: ele deixa esposa, Paula Falbo, as filhas Isabella e Rafaella Ferrer | Reprodução
Legado
Nascido em Recife, em 24 de novembro de 1964, Pampa já demonstrava talento para o vôlei desde cedo. Sua trajetória meteórica o levou à Seleção Brasileira em 1985, onde se destacou como um dos principais atacantes do mundo.
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Em 1988, nos Jogos Olímpicos de Seul, a Federação Internacional de Vôlei (FIBV) elegeu Pampa o melhor atacante do torneio, mesmo com o Brasil terminando em quarto lugar. Mas foi em Barcelona 1992 que o atleta eternizou seu nome na história. Ao lado de craques como Carlão, Giovane, Paulão, Maurício, Marcelo Negrão e Tande, Pampa conquistou o ouro olímpico em uma final emocionante contra a Holanda.
Após se aposentar das quadras, Pampa dedicou-se à carreira de gestor esportivo, ocupando cargos no Ministério do Esporte e nas secretarias de Esportes de Suzano e Campos dos Goytacazes. Em 2013, fundou a Pampa Sports, empresa de marketing esportivo que levava seu nome e sua paixão pelo esporte para diversos projetos.
Homenagem
A Confederação Brasileira de Vôlei prestou homenagem ao atleta, através de publicações em suas redes sociais e nota:
“Com pesar e grande tristeza, a CBV recebeu a notícia do falecimento do campeão olímpico Pampa nesta sexta-feira.
Além da medalha de ouro em Barcelona 1992, primeiro título olímpico do vôlei brasileiro, Pampa conquistou a Liga Mundial de 1993 e foi prata nos Jogos Pan-Americanos de 1991 com a seleção brasileira.
“Pampa era um jogador de extremo talento e fez parte da geração que levou o vôlei brasileiro pela primeira vez ao alto do pódio olímpico. Será para sempre referência. É um dia muito triste para todo o voleibol brasileiro. A CBV se solidariza com a família e os amigos deste grande jogador, que escreveu seu nome para sempre na história do esporte mundial”, diz o presidente da CBV, Radamés Lattari.
Pampa deixa, sobretudo, um legado imenso para o vôlei brasileiro e para o esporte em geral. Sua garra, talento e dedicação o tornaram um exemplo para as novas gerações de atletas. Sua partida, por fim, deixa um vazio imenso no coração de todos que o conheceram e admiraram.
Descanse em paz, Pampa, pois sua estrela de ouro continuará a brilhar para sempre.
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