Leste FluminenseNiterói

Moradora em situação de rua “em surto” causa pânico em bairro de Niterói

Moradora em situação de rua "em surto" causa pânico em bairro de Niterói

Foto: Reprodução – Redes Sociais

Uma moradora em situação de rua, aparentemente em surto psicótico, está causando temor em moradores da Ponta d’Areia, Região Central de Niterói. No último domingo (22), ela agrediu uma criança de apenas cinco anos.

Segundo moradores, a mulher vive pelas ruas do bairro há cerca de dois anos. Os relatos afirmam que ela apresenta comportamento violando, agredindo mulheres, crianças e depredando automóveis estacionados pelas ruas.

“Leia mais notícias sobre Niterói aqui”

O caso mais recente aconteceu no último domingo. O pai de uma menina de cinco anos afirma que a mulher, ao passar pela família, agrediu a criança com um soco. Por sorte, a vítima não se feriu gravemente.

Arthur Cunta afirmou que que estava chegando em casa, acompanhado da esposa e dos dois filhos (um menino de colo com cinco meses e a menina de cinco anos), quando a moradora em situação de rua desferiu um soco na criança mais velha. Ele demonstrou revolta com a situação.

“A indignação é gigantesca tendo em vista que inúmeros outros casos com a mesma pessoa aconteceram por aqui, e nenhum poder publico toma uma atitude. Da mesma maneira que ela agrediu minha filha com as mãos, poderia estar em posse de um pedaço de madeira, ferro ou ainda um material cortante, aí as consequências seriam piores”, disse.

“Leia mais notícias sobre Niterói aqui”

Ainda de acordo com os moradores, a mulher teria passado temporadas internada em uma clínica psiquiátrica, mas sempre retorna ao bairro, apresentando comportamento agressivo, após receber alta. Não há informações relativas à origem dela tampouco sobre eventuais familiares.

Em imagens que circulam pelas redes sociais, a moradora em situação de rua é flagrada depredando o retrovisor de um automóvel, estacionado na rua. A população da região está em pânico devido à conduta agressiva da mulher, especialmente no que diz respeito a mulheres, crianças e idosos.

“Infelizmente, pelo jeito, nada pode ser feito, porque já levaram e largaram ela aqui no bairro novamente, mas bater em crianças é demais. A minha preocupação maior é com as crianças e idosos”, publicou uma moradora da Ponta d’Areia, em uma rede social.

O que dizem as autoridades

A reportagem questionou tanto à Polícia Militar quanto à Prefeitura de Niterói sobre a situação. De acordo com a PM, o 12º BPM (Niterói) tem empreendido esforços para prevenir e coibir quaisquer práticas criminosas, incluindo os roubos e furtos a patrimônio público e privado. Ações ostensivas, como rondas e abordagens, são empregadas nas ruas dos bairros da cidade.

A unidade afirmou ainda que está aumentando as abordagens com foco em pessoas suspeitas, inclusive em situação de vulnerabilidade (moradores em situação de rua), apreendendo diversos objetos perfurocortantes frequentemente. Todavia, o fato de essas pessoas viverem nas ruas faz do contexto de instabilidade e reincidência muito mais amplo do que as ações conduzidas pelas forças policiais.

“É preciso lembrar que, diante de uma questão social e de saúde pública mais complexa, além do policiamento ostensivo, torna-se necessário o envolvimento de diferentes atores, como órgãos públicos das áreas social e de saúde, lideranças comunitárias e instituições da sociedade civil organizada, em ações de acolhimento”, afirmou a PM.

“Leia mais notícias sobre Niterói aqui”

Já a Prefeitura afirmou, por meio da Secretaria de Saúde, que a mulher é assistida pela equipe do Consultório na Rua. A equipe multiprofissional reúne médico, psicólogo, enfermeiro, técnico de enfermagem, assistente social, agentes sociais, redutores de danos e motorista. Com apoio de um veículo, atuam de forma itinerante nos locais onde se concentram essas pessoas, desenvolvendo ações compartilhadas e integradas com a rede de Saúde.

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Economia Solidária (Smases) acrescentou que realiza um trabalho diário com a população em situação de rua na cidade e tem intensificado o trabalho nos locais com maiores demandas. Niterói conta atualmente com 70% de ocupação nas mais de 350 vagas de acolhimento na cidade.

Como a população deve agir

Por fim, a Polícia Militar ressaltou a importância da colaboração da população realizando denúncias – o telefone do Disque-Denúncia é (21) 2253-1177. É possível também acionar a corporação pela Central 190 ou via Aplicativo 190.

Os registros nas delegacias da Polícia Civil também são essenciais para que os procedimentos investigativos sejam iniciados.

 

Itaipu-Itaipuaçu: Caminhão causa grave acidente na RJ-102, a estrada da SerrinhaItaipu-Itaipuaçu: Caminhão causa grave acidente na RJ-102, a estrada da Serrinha

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *