Criada há dez anos pela Prefeitura de Maricá, a moeda social Mumbuca vem causando impacto positivo na economia local. Com paridade de um para um com o real, a moeda possibilita a valorização do comércio e dos serviços locais e a geração de renda para a população, além de estimular a economia circular.
Desde sua criação, a moeda social já injetou mais de R$ 1 bilhão na economia da cidade, com uma média atual de 15 mil transações por minuto. Os números são expressivos: só no programa Renda Básica da Cidadania, há mais de 42 mil beneficiários recebendo 200 mumbucas mensais, enquanto no Programa de Proteção ao Trabalhador, 15 mil trabalhadores autônomos, microempreendedores individuais e servidores municipais recebem da moeda.
A moeda social, que recebeu o nome de um dos principais rios e também um bairro de Maricá, atinge diversas camadas da sociedade da cidade, incluindo famílias realocadas de áreas de risco geológico, que recebem o benefício de aluguel social em moeda mumbuca.
Durante a pandemia da covid-19 e também por conta da enchente de abril de 2022, a moeda social foi importante para garantir a renda e a circulação da economia local. Empresários receberam o Programa de Amparo ao Emprego (PAE), que ajudou a manter centenas de postos de trabalho, e parte da população recebeu o Programa de Amparo ao Trabalhador (PAT).
Todas as transações são administradas pelo Banco Mumbuca, uma instituição financeira de caráter comunitário criada em 2017. A moeda social já vem inspirando novos programas, como o MumbuCar, voltado para taxistas, mototaxistas e entregadores, o MumbuCão, para cuidadores de animais, e um terceiro voltado às mulheres vítimas de violência. A presidente do banco, Manuela Mello, afirma que é um grande desafio lidar com sonhos e necessidades dos beneficiários.