Dois prédios são demolidos na Ilha da Gigóia e milícia leva prejuízo de milhões | Fabio Costa/Prefeitura do Rio
Uma ação da Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro (Seop) e do Ministério Público (MP), juntamente com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO), derrubou, nesta segunda-feira (29), dois prédios erguidos ilegalmente na Ilha da Gigóia. A operação causou um prejuízo de R$ 3,5 milhões aos responsáveis pela obra irregular.
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Uma das edificações demolidas tinha três pavimentos e dois apartamentos por andar, enquanto a outra contava com três pavimentos e quatro apartamentos por andar. As obras aconteceram sem qualquer autorização da Prefeitura. Segundo as autoridades, a construção se tratava de fachada para lavagem de dinheiro da milícia, que domina a região.
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As edificações, que estavam em fase de conclusão e acabamento. Porém, não atendiam aos parâmetros urbanísticos da região e já eram alvo de fiscalização desde o início das obras. Em abril de 2023, a Prefeitura do Rio emitiu notificação aos responsáveis, determinando a imediata paralisação da construção. Mas, em um ato de desafio, as obras continuaram.
Durante a demolição, os agentes identificaram e cortaram um ponto de energia clandestina que alimentava todo o prédio. A Secretaria de Assistência Social também esteve presente, oferecendo apoio às famílias que moravam em um dos prédios. A ação também teve o apoio da Guarda Municipal e da Comlurb.
O secretário de Ordem Pública, Brenno Carnevale, destacou a importância da operação para combater o crime organizado e garantir a segurança da população.
“Com essas informações de inteligência esperamos auxiliar a segurança pública, além de ordenar a cidade. Desde 2021, já são mais de 3.400 demolições de construções ilegais, com 70% dessas operações em áreas que sofrem influência do crime organizado, com meio bilhão de reais de prejuízo para esses criminosos. Seguimos trabalhando pelo ordenamento da cidade”, afirmou.
