O México rompeu relações diplomáticas com o Equador neste sábado (6) após a invasão da embaixada mexicana em Quito pela polícia equatoriana na noite de sexta-feira (5). O objetivo da operação era prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava refugiado na embaixada desde dezembro de 2023 após ser indiciado por corrupção.
A ação da polícia equatoriana foi considerada pelo governo mexicano como um “ato autoritário” e uma “violação flagrante” do direito internacional e da soberania mexicana. A presidência do Equador, por sua vez, defendeu a ação, alegando que o país é uma “nação soberana” que não permite que “criminosos permaneçam em liberdade”.
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A invasão da embaixada mexicana causou diversos danos à relação bilateral entre os dois países. Contudo, além da ruptura das relações diplomáticas, o México também convocou seu embaixador no Equador e expulsou o embaixador equatoriano em seu território. Assim, o governo mexicano também anunciou que levará o caso ao Tribunal Internacional de Justiça.
Enfim, a secretária de relações exteriores do México, Alicia Bárcena, condenou a invasão da embaixada e disse que a ação violou a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Assim, ela também informou que vários diplomatas mexicanos sofreram ferimentos durante a operação.
Assim, a tensão entre os dois países já vinha crescendo nos últimos dias. Na quinta-feira (4), o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, fez declarações que o Equador considerou “muito infelizes” sobre as últimas eleições presidenciais equatorianas. Em resposta, o governo equatoriano declarou o embaixador mexicano persona non grata.