O sonho de ter metrô até Niterói e São Gonçalo voltou a ser discutido. O diretor do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), Luiz Carneiro, defendeu, nesta quarta-feira (02), que o Governo do Estado retome as negociações sobre a Linha 3. Segundo ele, a interligação entre a Linha 2 e a Baía de Guanabara é essencial.
Carneiro ressaltou a importância da conclusão da estação da Gávea, que impacta a segurança e o transporte público. Ele afirmou que o metrô poderia atender a dois milhões de habitantes na região.
“É um projeto que existe, mas está parado. Precisamos fazer a ligação entre Estácio, Carioca e Guaxindiba. O trecho seria subterrâneo, e a travessia da Baía por um túnel na rocha, com 5,5 quilômetros de extensão, é viável”, comentou.
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No ano passado, o Governo do Estado lançou um edital para realizar um estudo de viabilidade técnica, jurídica, econômica e ambiental para a implementação da Linha 3. Este projeto interligaria a Praça Quinze, no Rio, à Praça Arariboia, em Niterói, e a Alcântara, em São Gonçalo, passando sob a Baía de Guanabara. No entanto, em julho deste ano, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) anulou o processo devido a suspeitas de irregularidades.
Em outra notícia, o governador Cláudio Castro assinou, nesta quarta-feira (2), um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para reiniciar as obras da estação do metrô da Gávea. As obras estavam paralisadas há quase dez anos. O TAC, já aprovado pelo Tribunal de Contas, será submetido ao Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RJ) para homologação.
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Após essa etapa, o próximo passo será a assinatura do Termo Aditivo do contrato entre a Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade (Setram), a RioTrilhos, o MetrôRio e as empresas construtoras. O Governo do Estado estima que as intervenções comecem em 60 dias.
Inaugurado em 1979, o metrô do Rio conta atualmente com 41 estações e cerca de 57 quilômetros de extensão, distribuídos em três linhas (1, 2 e 4). O sistema movimenta, em média, cerca de 660 mil passageiros em dias úteis.
Hoje, é o quarto maior em extensão e o terceiro maior em movimento entre os sistemas metroferroviários do Brasil, atrás apenas dos sistemas de trem metropolitano e metrô da Região Metropolitana de São Paulo.