
Foto: Reprodução – TV Globo
Faleceu na manhã deste sábado (16) a jovem H. S. S, de apenas 3 anos, vítima de um disparo durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia 7. A criança, internada no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), entrou em parada cardiorrespiratória no dia 14 e não resistiu a uma segunda parada irreversível às 9h22. A Secretaria Municipal de Saúde havia atualizado o estado de saúde da paciente às 6h, informando que seu quadro era gravíssimo e ela estava entubada.
A menina, atingida por um disparo no couro cabeludo e na cervical, foi admitida no hospital no dia 8. Após avaliação das equipes médicas, ela passou por exames detalhados antes de ser submetida a um procedimento cirúrgico. As autoridades de saúde não divulgaram mais detalhes sobre o tratamento ao longo dessa semana.
A PRF, em nota, lamentou profundamente o falecimento da criança e expressou suas sinceras condolências à família. A Comissão de Direitos Humanos da corporação está acompanhando a família da vítima para fornecer apoio psicológico neste momento de luto.
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O caso está sendo investigado pelo Ministério Público Federal, que busca averiguar se houve lesão corporal ou tentativa de homicídio qualificada pela idade da vítima. As autoridades também não descartam a possibilidade de outras condutas criminosas no decorrer das investigações.
De acordo com o pai da menina, William da Silva, a família estava voltando da casa dos avós da vítima quando a abordagem ocorreu. Ele afirma que a viatura da PRF começou a segui-los de perto, sem dar ordem de parada. Segundo William, os agentes dispararam quatro vezes contra o veículo.
Uma testemunha que estava no local também afirmou que o motorista não tentou fugir e não ouviu disparos antes da criança ser atingida. Em um vídeo que circula nas redes sociais, ela faz referência ao incidente e critica a ação dos agentes.
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No dia seguinte ao ocorrido, o policial responsável pelos disparos alegou ao Ministério Público que reagiu após ouvir tiros vindos do veículo. Segundo ele, a perseguição começou porque suspeitaram que o carro era roubado. Após cerca de 10 segundos, ouviram um disparo de arma de fogo e acreditaram que vinha do veículo de William. O policial admitiu ter atirado três vezes em direção ao automóvel, onde a criança estava com sua família.
O pai da vítima nega que o carro seja roubado, alegando que o adquiriu há dois meses e que ainda está no nome do antigo proprietário. Ele afirma ter comprovantes de compra e venda do veículo durante a negociação, assim como uma consulta da placa no sistema do Detran-RJ.