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Melhorar, melhorou, mas…

Melhorar, melhorou, mas...

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Não, Neymar não foi lateral esquerdo no primeiro jogo do dinizismo na seleção brasileira. Aliás, tal e qual Ganso, no Fluminense, Neymar não tinha posição fixa no time que goleou a (fraquíssima) Bolívia, na abertura das eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026, nos Estados Unidos, México e Canadá. Só que, ao contrário da ave tricolor, Neymar gosta de fazer gols. E chuta de longe, procurando contar com a colaboração do goleiro adversário – como, por sinal, aconteceu no seu segundo gol, num frangaço do camisa 1 boliviano.

A debilidade do time da Bolívia, por sinal, impede que eu me alie ao pachequismo que afirma ter Fernando Diniz conseguido fazer a seleção brasileira jogar como o Fluminense dos bons tempos. Até mesmo a goleada (5 a 1) não pode ser comparada – falo, obviamente, da partida entre Fluminense e River Plate, pela Libertadores; e do jogo da seleção. O time da Argentina é milhões de vezes melhor do que a seleção boliviana. E Diniz, nesta sexta-feira, certamente sentiu falta de Fábio, Cano e Jhon Arias no Brasil.

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Uma coisa, porém, deve ser registrada: o Brasil que foi acarinhado, embalado pela galera, de Fernando Diniz, foi milhares de vezes mais estimulante de se ver do que aquele time que Tite nos apresentava nos últimos tempos. Deu até para imaginar como poderá estar essa equipe com mais alguns treinos, quando o dinizismo estiver incorporado no DNA dos jogadores e não apenas exibido em vídeos e comentado por jogadores que já o conhecem e participam (ou participaram) dele em algum momento.

O segundo gol, marcado logo no início do segundo tempo, foi fundamental para a goleada. Não dá para esquecer que o primeiro tempo foi parelho.

Perdemos um pênalti (Neymar, o sem posição), mas saímos na frente. O gol de Raphinha abriu os caminhos para a goleada – e para os sorrisos de Fernando Diniz, os tapinhas na cabeça dos goleadores, as comemorações sem jeito de Neymar (não dá para imitar o soco no ar do rei Pelé)… Repito: o dinizismo está chegando. Ainda não dá para ter certeza do futuro, mas há esperança.

 

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