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Megaoperação policial mira 10 comunidades da Zona Oeste do Rio

Megaoperação policial mira 10 comunidades da Zona Oeste do Rio

Megaoperação policial mira 10 comunidades da Zona Oeste do Rio | Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

Em uma ação conjunta, as Polícias Militar e Civil do Rio de Janeiro deflagraram nesta segunda-feira (15) a megaoperação “Ordo“, que significa “ordem”, na Zona Oeste da cidade. O objetivo: combater a guerra entre milícias e traficantes que assola as comunidades e devolver a paz aos moradores.

Cidade de Deus, Gardênia Azul, Rio das Pedras, Morro do Banco, Fontela, Muzema, Tijuquinha, Sítio do Pai João, Terreirão e César Maia: dez comunidades, seis bairros (Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio, Itanhangá, Vargem Grande e Vargem Pequena) e um exército de agentes em busca de um único objetivo: pôr fim à disputa territorial que aterroriza a região há anos.

Cerca de 2 mil agentes participam da Operação Ordo, que conta com forças terrestres e aéreas, além do serviço de inteligência coordenado pela Secretaria de Estado de Segurança Pública.

Segurança Presente, Secretarias de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e Meio Ambiente, assim como Prefeitura do Rio, concessionárias de serviços públicos e Guarda Municipal, se uniram nesta luta contra o crime organizado. Desse modo, vê-se um empenho coletivo na luta pela recuperação destes territórios.

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Megaoperação policial mira 10 comunidades da Zona Oeste do Rio | Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

Centenas de agentes participam da megaoperação policial Ordo, que mira 10 comunidades da Zona Oeste do Rio, | Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

Presente na Base do “Barra Presente”, o governador fluminense Cláudio Castro falou com a tropa, ressaltando que “não existe lugar onde o poder público não entre”. Ele ainda participou do ato de saída de centenas de agentes das polícias,  antes do sol nascer.

As forças de segurança têm feito um excelente trabalho de enfraquecimento das milícias, mas existem, nessas áreas, um cenário de disputa, de guerra, que sabemos que prejudica moradores e empreendedores. Nossa gestão trabalha para a retomada da ordem” – declarou o governador Cláudio Castro.

Megaoperação policial mira 10 comunidades da Zona Oeste do Rio | Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

Megaoperação policial mira 10 comunidades da Zona Oeste do Rio, com participação ativa do Governador Cláudio Castro | Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

Posteriormente, o governador divulgou imagens da ação policial na Cidade de Deus, com a remoção de barricadas colocadas pelos criminosos.

Efeitos

De acordo com informações do Governo do Rio, um grupo de criminosos em fuga foi cercado pela polícia. Como  resultado, abandonaram um carro na Linha Amarela e fugiram para na altura da saída para a Avenida Geremário Dantas, em Jacarepaguá. No veículo, agentes localizaram três granadas. Contudo, após periciadas, o Esquadrão Antibombas da Polícia Civil realizou a desativação dos artefatos com sucesso. O carro, bem como os artefatos, tiveram como destino a 41ª DP (Tanque).

Guerra sem trégua

Megaoperação policial mira 10 comunidades da Zona Oeste do Rio | Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

Megaoperação policial busca recuperar territórios controlados por narcomilícias e mira 10 comunidades da Zona Oeste do Rio | Divulgação/Governo do Estado do Rio de Janeiro

Há cerca de dois anos, a Zona Oeste vive sob o terror da disputa entre milicianos e traficantes. Favelas sob forte influência das milícias se tornam palco de invasões do Comando Vermelho, que busca expandir seus pontos de venda de drogas. Diante da ameaça, o Terceiro Comando Puro (TCP) se junta aos paramilitares para defender seu território.

Por fim, a megaoperação Ordo não tem data para terminar. Logo, a batalha por paz e segurança na Zona Oeste será travada até que a ordem seja completamente restaurada.

Em contrapartida, os moradores dessas comunidades, cansados de violência, expressam preocupação com os conflitos entre policiais e criminosos.

“Deixem a Cidade de Deus em paz”, disse uma moradora sobre a operação

Nesse sentido, ainda não há informações do reflexo das operações policiais no funcionamento de serviços públicos, como escolas, saúde e transporte coletivo.

Operação teria “vazado”

Porém, informações que circulam em redes sociais dão conta de que criminosos tiveram informações antecipadas de que a ação de hoje aconteceria. Diante disso, várias lideranças criminosas teriam saído das comunidades. Um comunicado, inclusive, cuja imagem está abaixo, chegou a circular em aplicativos de mensagem na Cidade de Deus.

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