Megaoperação na Zona Oeste combate o tráfico e facções – Vídeo | Divulgação/Governo do Estado
Uma megaoperação policial, batizada de Ordo (ordem em latim), atua desde a madrugada de terça-feira (16) em comunidades da Zona Oeste do Rio de Janeiro. O objetivo da ação, que conta com mais de 2 mil agentes, é combater o tráfico de drogas, a milícia e crimes ambientais na região, palco de uma guerra entre facções rivais nos últimos anos.
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No segundo dia da operação, o foco está na retomada do controle de serviços públicos essenciais como luz, água, gás, internet e telefonia nas comunidades.
Equipes da Prefeitura, concessionárias e Guarda Municipal atuam em conjunto com as forças de segurança.
“O objetivo é produzir conhecimento, saber quem qual CPF, qual CNPJ que explora aquele tipo de serviço e isso vir a subsidiar operações e investigações pela Polícia Civil daqui para frente”, explica o secretário de Estado de Segurança, Victor dos Santos.
Ações contra crimes ambientais também estão em andamento. Assim, equipes do Comando de Polícia Ambiental (CPAM) identificaram uma construção irregular e uma fábrica de laje sem licença em Vargem Grande. No local, duas pessoas foram conduzidas à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA).
Além disso, drones com câmeras de longo alcance, que realizam leitura de placas e reconhecimento facial, auxiliam na identificação de criminosos. Assim, imagens em tempo real são transmitidas para o Centro de Comando e Controle (CICC) Móvel, instalado na base do Barra Presente. Helicópteros com faróis de busca e imageador térmico também sobrevoam as áreas, localizando suspeitos a longas distâncias.
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No primeiro dia da Operação Ordo, 23 pessoas foram presas em flagrante e cinco mandados de prisão foram cumpridos. Quatro menores também foram apreendidos. Na Cidade de Deus, foram apreendidos 131 kg de drogas e um carro com três granadas. Uma fábrica de gelo clandestina foi autuada por poluição e um açougue com meia tonelada de alimentos impróprios foi fechado no Terreirão.
Dessa forma, a disputa por território entre o Comando Vermelho (CV) e milícias na Zona Oeste é o principal motivo da violência na região. Assim, o avanço do CV, que busca expandir pontos de venda de drogas, levou o Terceiro Comando Puro (TCP) a se aliar aos paramilitares.
Além disso, em coletiva de imprensa, o governador Cláudio Castro afirmou que o avanço do tráfico na disputa de território com milícias na Zona Oeste é reflexo de ações da Segurança Pública, como o Cidade Integrada. Contudo, segundo ele, o crescimento da facção criminosa foi um “efeito colateral”.
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Por fim, o governador também revelou ter recebido denúncias de que a operação vazou e que as informações foram encaminhadas às corregedorias das polícias Civil e Militar.
“Se nós acharmos eles, fiquem cientes que vamos punir severamente aquele que deveria estar do nosso lado e está perto para coletar informação (…) A você que vazou: será pego e responderá exemplarmente porque isso é pior que criminoso”, declarou Castro.
Megaoperação na Zona Oeste combate o tráfico e facções – Vídeo | Divulgação/Governo do Estado
