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O Conselho Federal de Medicina anunciou novas regras de publicidade médica, que entrarão em vigor em março de 2024.
Médicos poderão agora compartilhar imagens de “antes e depois”, preços e informações sobre consultas nas redes sociais.
No entanto, é necessário agir com responsabilidade, mantendo a privacidade dos pacientes e cumprindo diretrizes éticas.
As mudanças prometem fortalecer a comunicação entre médicos e pacientes, mas exigem cuidado e transparência.
Para esclarecer mais sobre essas questões convidamos a Aline Braga, especialista em branding e posicionamento (de médicos) nas redes sociais.
Obrigada por ter aceitado o convite, e agora é com você!

Aline Braga especialista em branding e posicionamento de arca nas redes sociais. Imagem: Arquivo Pessoal
O Conselho Federal de Medicina apresentou as novas regras da publicidade médica, ou seja, os médicos terão 180 dias para se adequarem à recente resolução.
O novo regramento foi construído em três anos de estudos, por meio de 2.656 sugestões recebidas em consulta pública.
Até então, os médicos não podiam postar o antes e depois dos pacientes. Agora vão poder.

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Além disso, médicos poderão mostrar o ambiente de trabalho e equipamentos usados, e ainda, divulgar preços (o que antes não podia).
Os registros também devem ter caráter educativo e estar relacionados à especialidade registrada do médico.

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Segundo o novo regramento, os profissionais também serão permitidos a responder elogios e depoimentos nas redes sociais, mas sem denotar “superioridade” ou induzir “promessa de resultados”.
As regras constam na resolução 2.336/2023 e foram publicadas no Diário Oficial da União no dia 13/09/2023.
As novas normas abrem portas para uma nova maneira de conexão entre médicos e pacientes no ambiente digital.
Essa adequação do Conselho Federal de Medicina representa uma mudança notável e uma oportunidade fundamental para os médicos falarem do seu trabalho de maneira mais direta por meio das redes sociais, tornando possível, por exemplo, compartilhar os resultados dos procedimentos, entre outras coisas.

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No entanto, o uso desse novo recurso deve ser pautado com consciência, segurança e responsabilidade extrema. Os médicos precisam estar cientes de que a divulgação dessas imagens deve respeitar diretamente todas as diretrizes éticas e legais.
Segundo a resolução, se o médico divulgar imagens do “antes e depois” de um procedimento, a publicação deve conter indicações terapêuticas, assim como a apresentação da evolução do caso e possíveis complicações da intervenção médica.

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Essa nova forma é poderosa e criará, sem dúvida, uma vinculação direta entre médico e paciente, ampliando a visibilidade e alcance dos profissionais no ambiente digital.
Contudo, o uso desse recurso precisa ser cauteloso. Nessa discussão estamos falando sobre a privacidade das pessoas, aspectos que jamais devem ser negligenciados.

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As imagens devem ser compartilhadas sempre com o expresso consentimento do paciente em total conformidade com as regras. Importante destacar também a necessidade da veracidade das imagens.
A autenticidade deve ser a prioridade dos médicos, que não devem iludir os pacientes com promessas irreais. Transparência é a base da relação entre o médico e o paciente, principalmente dentro do ambiente digital.

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Outra novidade é a permissão de que o médico capture fotos ou vídeos mostrando o ambiente de trabalho, podendo comentar sobre emoções no trabalho, alegrias, motivações, prazer em trabalhar, gerando corrente positiva para a boa imagem da medicina.
Entretanto, o profissional deve ficar atento para não identificar paciente e nem adotar tom pejorativo, desrespeitoso, ofensivo, sensacionalista ou incompatível com os compromissos éticos.
Na resolução, também fica autorizado que o médico informe, nas redes sociais, os valores das consultas e formas de pagamento, assim como o anúncio de descontos.

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Fica determinado também regras que proíbem a atuação de médicos em algumas práticas, como a participação em publicidade de medicamentos, insumo médico, equipamento ou alimentos.
Outra proibição é a filmagem de procedimentos médicos por terceiros.
Essa prática só é permitida em casos de partos. Em caso de descumprimento das regras, os profissionais poderão ser investigados em sindicância, processados ou até mesmo cassados.
Em resumo, ao meu ver, essas mudanças são um passo muito positivo no avanço da medicina e da comunicação médica, contanto que seja feito com muita responsabilidade e respeito, antevendo sempre os interesses e a privacidade dos pacientes”.
Muito legal Aline, obrigada pelos esclarecimentos.
Agora é aguardar e torcer que seja um caminho positivo na medicina e nas redes sociais.
Que saibam usar com responsabilidade para o bem de todos nós.
Obrigada pessoal, por hoje é só, até a próxima, beijo e tchaaau!