Baixada FluminenseEstado do Rio de Janeiro

Médica acusada de negligência em parto se defende

Foto: Reprodução

Após a repercussão da notícia de uma grávida que deu à luz no chão da Maternidade Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a obstetra Sheila Peixoto Atthie Maia se posicionou por meio de nota divulgada nesta quarta-feira (5).

A médica negou que tivesse mandado a paciente, Queli Santos Adorno, de 35 anos, de volta para a casa. De acordo com a profissional de saúde, haveria uma nova avaliação às 6h30, e tal informação constava no prontuário.

“À paciente foi dada a orientação de reavaliação a cada duas horas. Durante a consulta, ela comentou que não desejava ir para casa. Para garantir um registro preciso e completo, eu coloquei essa informação na ficha médica dela. Tanto é que, conforme pode ser verificado, na ficha médica consta “nova reavaliação às 6h30”. Portanto, não há como eu tê-la orientado a ir para casa e, ao mesmo tempo, a fazer a reavaliação duas horas após”, comentou

A obstetra acrescenta que não realizou o parto imediatamente porque a dilatação era abaixo da mínima.

“De acordo com as diretrizes da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e do Ministério da Saúde do Brasil, mulheres grávidas são internadas quando atingem cerca de 4 a 6 centímetros de dilatação. Quando eu avaliei a paciente ela apresentava 2 centímetros de dilatação. Por isso, a médica que a atendeu antes de mim e eu não indicamos a internação”, informou.

Na sequência da nota, Sheila informa ter feito mais de 2 mil partos sem nunca ter respondido a qualquer processo administrativo. E ela finaliza dizendo “entender a angústia” que a paciente teve durante o atendimento.

“Tenho um histórico sólido de prática médica ética e de cuidados junto às minhas pacientes. Sou médica há 32 anos, dos quais 29 foram dedicados à obstetrícia, com mais de 2000 partos realizados. Ao longo de todo esse período, nunca respondi a nenhum processo, o que pode ser confirmado junto ao CREMERJ. Embora eu tenha seguido os protocolos adequados, entendo que isso não diminui a angústia que a paciente enfrentou. Gostaria de expressar minha profunda empatia e solidariedade pela paciente e sua família”, disse Dra Sheila Peixoto.

Você também pode gostar

Deixar uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *