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Marinha se pronuncia sobre barca que adernou na Baía de Guanabara

Barca que adernou estava com manutenção em dia, afirma Marinha

Incidente aconteceu na quarta – Foto cedida pelo leitor Isaias Martins

A barca Neves V, que adernou na última quarta-feira (1º), na Baía de Guanabara, estava com a manutenção em dia. A informação foi confirmada pelo 1º Distrito Naval da Marinha do Brasil, nesta terça-feira (7), ao FOLHA DO LESTE.

De acordo com a Marinha, a embarcação possui os Certificados Estatutários e os Registros de Docagem válidos, conforme Certificado de Segurança da Navegação (CSN).

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Além disso, a corporação ressaltou que as equipes de Inspeção Naval da Capitania dos Portos do Rio de Janeiro (CPRJ) fazem inspeções nas barcas da concessionária CCR de forma rotineira, a fim de garantir a segurança da operação.

A barca envolvida no incidente segue fora de operação. A Marinha informou ter apurado que, após o adernamento, foram realizados os procedimentos para que fossem restabelecidas as condições normais de flutuabilidade e estabilidade da embarcação a fim de que ela fosse levada ao estaleiro para os reparos necessários.

Inquérito aberto

Contudo, apesar da situação regular da embarcação, um Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) foi instaurado para apurar causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades da ocorrência.

Barca que adernou estava com manutenção em dia, afirma Marinha

Passageiros ainda estão receosos – Foto: Vítor d’Avila/Folha do Leste

A Marinha destacou ainda que a medida também tem como objetivos colher ensinamentos para reduzir a probabilidade de ocorrência de situações análogas no futuro.

Concluído o procedimento e cumpridas as formalidades legais, o inquérito vai para o Tribunal Marítimo, onde haverá a devida distribuição e autuação e remeterá à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas necessárias.

Medo persiste

Passada uma semana do acidente, usuários do sistema aquaviário ainda estão temerosos quanto a uma nova ocorrência. É o caso do administrador de empresas Marcos Gomes, que trabalha em Niterói, mas mora na Zona Sul do Rio de Janeiro.

“Nunca passei por uma situação assim. Eu estava de folga no dia que aconteceu. A gente às vezes pensa que é corajoso, que é só sair nadando que se salva, mas, só na hora que acontece, a gente sente o impacto. Não sei qual seria minha reação”, disse Marcos.

Já o economista Eduardo Ribeiro criticou a situação das embarcações da concessionária CCR, principalmente aquelas mais antigas, fabricadas entre 2006 e 2008 – do mesmo modelo da Neves V. Para ele, deveriam se adquiridas embarcações mais novas.

“Essas barcas velhas já deu, né (sic). Primeiro que elas não têm as condicionado. Agora, além do calor, há o perigo de um incidente desse. Quem sofre somos nós, que precisamos usar todo dia e não temos opção”, criticou.

A reportagem também procurou a concessionária CCR e pediu atualizações sobre o caso, mas a empresa não respondeu às indagações.

 

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