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Maricá tem transtornos na matrícula da rede estadual

Maricá tem transtornos na matrícula da rede estadual

Foto: Reprodução/Google Street View

Filas intermináveis, insatisfação com turnos disponibilizados e demoras. Assim foi a quinta-feira (1º) de matrículas no Ciep 259 Professora Maria do Amparo Rangel e Souza, em Camburi, Maricá. A unidade é gerida pela Secretaria de Estado de Educação (Seeduc).

A repórter Patrícia Nunes, do FOLHA DO LESTE esteve no local e conversou com pais e responsáveis por alunos. Uma dela é Maria Aparecida, que alegou ter esperado quase seis horas sem conseguir concretizar a matrícula de seu filho, devido a problemas de sistema.

Cheguei aqui meio-dia e saí às 16h, com tempo ruim e chuva. Não consegui fazer a matrícula do meu filho. Não tenho condições de encarar mais quatro horas”, disse.

Outra mãe de aluno moradora da região, Daniele, reclamou que a unidade só ofereceu o turno da noite para seu filho, de 14 anos. Além disso, ela alegou que outro filho dela foi trocado de turma, no ano passado, em meio ao ano letivo, mas não foi informado, o que acarretou em sua reprovação por falta.

Querem jogar meu filho de 14 anos para o turno da noite. Eles não deram opção de outro horário. Meu outro filho, ano passado, estava recebendo falta porque ele foi trocado de turma, não foi avisado, e estava frequentando as aulas de outra turma”, reclamou.

Por sua vez, Geraldo, que é morador de Itaipuaçu, relatou que precisa se deslocar por mais de uma hora para levar sua neta à escola. Ainda assim, a unidade teria oferecido apenas o turno noturno, o que inviabilizaria o deslocamento.

Moro no Jardim Atlântico, levo 1h10 para trazer minha neta à escola. O Estado só dá opção para o turno da noite. É um absurdo. A gente tem que ter o direito de escolher o horário”, lamentou.

Já Arineide, avó de uma aluna, relatou ambos os problemas. Além da demora na fase presencial da matrícula, sua neta também não teve direito a escolher o turno em que irá estudar, ficando restrita ao período noturno. Ela alegou que, para corrigir o problema, a direção do Ciep orientou que acessasse novamente a plataforma Matrícula Fácil.

Fiquei aqui desde às 10h20 tentando uma vaga para minha neta, mas só consegui ás 16h e à noite. Ela tem 17 anos. Pediram para eu voltar ao site e tentar a vaga para o período diurno. Era mais fácil que tudo fosse feito no site”, esbravejou.

Aluna gestante questiona acolhimento

Ainda segundo relatos colhidos pela reportagem, uma aluna gestante da unidade afirmou não ter sido acolhida pelo Ciep. A jovem teria sido orientada que não poderia assistir às aulas com seu filho bebê, em fase de amamentação.

Vir com bebê amamentando não pode. Falam tanto contra a evasão escolar, mas dificultam que o aluno estude”, afirmou.

O que diz a Seeduc

A Secretaria de Estado de Educação esclareceu que o sistema de matrículas já é totalmente informatizado em todo o estado por meio do site www.MatriculaFacil.rj.gov.br, porém, após a inscrição, é necessário que os responsáveis compareçam à unidade escolhida para fazer a confirmação de matrícula, apresentando a documentação dos alunos.

Foi nesta etapa que houve a demora em questão. Tal fato ocorreu devido a problemas de internet, ocasionando uma lentidão de forma pontual e que não impediu que todos fossem atendidos.

Quanto à aluna gestante, a direção da unidade é orientada a permitir a entrada de bebês ou crianças pequenas. Porém, por questões de segurança e conforto, a ida deles à unidade deve ocorrer apenas em último caso.

A Seeduc informa ainda que as estudantes também podem solicitar o Atendimento Educacional Domiciliar ou Hospitalar (AEDH), a fim de realizar exercícios, trabalhos e provas em casa. Para isso, basta procurar a secretaria da unidade na qual estuda e pedir o requerimento e sua análise pela Seeduc.

Imagens por Patrícia Nunes/Folha do Leste

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