
A maestria e o carisma de Squel Jorgea, em uma apresentação impecável e memorável no Sambódromo, guiando as cores da Mangueira no Carnaval 2020; agora ela se destaca em Squel – Oficinas de Bailado de Porta-Bandeira | Raphael David/Riotur/Divulgação
Uma das figuras mais emblemáticas do Carnaval carioca, Squel Jorgea está à frente da série ¨”Squel – Oficinas de Bailado de Porta-Bandeira”, realizada de forma gratuita para formar novas porta-bandeiras. A iniciativa, que chega agora a Maricá (21/6), Niterói (28/6), São Gonçalo (5/7) e Itaboraí (2/8), propõe mais do que passos sincronizados: é uma aula de resistência, cultura e pertencimento.
Os encontros têm patrocínio da Transpetro, por meio da Lei Rouanet, e está voltado exclusivamente para mulheres a partir dos 14 anos. merece destaque a inclusão de mulheres trans e pessoas com deficiência, residentes em comunidades ou em situação de vulnerabilidade social. As inscrições, gratuitas, estão disponíveis pelo link abaixo:
https://forms.gle/fva1YY1fPFREwC4ZA.
Cada cidade terá dois horários por dia, manhã e tarde, com 30 vagas em cada turma.

A graça e o sorriso de Squel iluminam o Sambódromo | Divulgação/Juliana Yamamoto
Dança, ancestralidade e transformação
Com mais de 30 anos de trajetória, Squel, juntamente com o mestre-sala Vinicius Jesus, técnicas que vão além do bailado. Principalmente, porque a oficina envolve teoria e prática. Sobretudo, história do Carnaval, origem do casal de mestre-sala e porta-bandeira, indumentária, postura, gestualidade e ética na avenida.

Através das mãos de Squel, não só a bandeira da Portela se eleva, mas também as bandeiras da esperança e da formação de novos talentos | Leonardo Queiroz/Divulgação
Atualmente, Squel defende o pavilhão da Portela, manto sagrado azul e branco da águia de Madureira. Entretanto, ela já defendeu outro pavilhão muito tradicional: o verde e rosa da Estação Primeira de Mangueira.
“Carregar o pavilhão é representar uma comunidade inteira. É preciso força e leveza ao mesmo tempo”, afirma Squel, duas vezes campeã do Carnaval e ganhadora de dois Estandartes de Ouro.
Além das aulas, está em produção um documentário sobre a artista, sob direção de Celina Torrealba: “Squel – Memórias de uma Porta-Bandeira”
A dança como caminho para o futuro
Acima de tudo, o projeto também fortalece a presença da cultura popular em áreas com pouco acesso a equipamentos culturais.

Evolução de Squel durante ensaio técnico, apresentando o pavilhão com paixão e respeito à tradição e ancestralidade do símbolo maior de uma escola de samba: a bandeira, que também levanta tantas outras fora do samba | Leonardo Queiroz/Divulgação
“As oficinas são uma forma de preservar e propagar o legado do Carnaval, mas também de oferecer novas possibilidades de renda e autoestima para meninas e mulheres de periferia”, afirma o presidente da Transpetro, Sérgio Bacci.
O projeto circulará até agosto em dez cidades do Rio, com impacto direto em centenas de participantes.
Agenda confirmada: oficinas com Squel Jorgea
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21 de junho – Maricá (Casa de Cultura de Maricá)
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28 de junho – Niterói (Quadra da Unidos de Cubango)
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5 de julho – São Gonçalo (Clube da Terceira Idade – Amor e Fraternidade)
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2 de agosto – Itaboraí (CIEP Manilha)