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Marcha das Mulheres Negras ocupa Copacabana no aniversário de Marielle

Marcha das Mulheres Negras ocupa Copacabana no aniversário de Marielle | Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Marcha das Mulheres Negras em Copacabana acontece neste domingo (27), no mesmo dia em que Marielle Franco completaria 46 anos. O ato reúne caravanas de todo o estado, em uma caminhada de resistência, denúncia e celebração da vida das mulheres negras brasileiras.

Com o tema “Mulheres negras rumo à Brasília: contra o racismo, por justiça e o bem viver”, a concentração está marcada para 10h, na Praça do Lido, a poucos metros da estação de metrô Cardeal Arcoverde.

O percurso segue até a Praça Almirante Júlio de Noronha, totalizando 1,3 km de manifestações culturais, pintura facial, ritos afro-brasileiros e recepção das caravanas.

Além do cortejo, as lideranças apresentarão um manifesto político com as principais pautas das mulheres negras brasileiras. A mobilização reúne favelas, quilombos, terreiros, juventudes e coletivos culturais em uma grande articulação por justiça racial, segurança e direitos básicos.

“Sair às ruas no dia do aniversário da Marielle é mais do que simbólico: é reafirmar que sua luta continua. A Marcha é espaço de resistência, mas também de construção de futuro. Nós, mulheres negras, queremos viver e não sobreviver. Viver com segurança, com saúde, com direitos, com bem viver”, afirma Clátia Vieira, coordenadora do Fórum Estadual de Mulheres Negras do Rio de Janeiro.
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A escolha da data não é casual. Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram executados a tiros em 14 de março de 2018, no centro do Rio. Segundo a Procuradoria-Geral da República, a vereadora foi morta por atuar contra grilagem de terras dominadas por milicianos na Zona Oeste.

Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, além do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, são acusados de planejar o assassinato. Marielle se tornou símbolo da luta antirracista, da defesa dos direitos humanos e da valorização das mulheres negras na política e na sociedade.

A Marcha das Mulheres Negras em Copacabana reforça esse legado. Mais do que denúncia, é um ato por esperança, segurança e “bem viver” — expressão usada pelas organizadoras para traduzir um projeto de país mais justo, plural e antirracista.

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