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Mago das Cores: Carnavalesco Max Lopes, ex-Viradouro, morre em Maricá

O mundo do carnaval está de luto com a triste notícia do falecimento do renomado carnavalesco Max Lopes, neste domingo (24), na cidade de Maricá. Com uma impressionante trajetória na folia carioca, Lopes ficou conhecido como o Mago das Cores, conquistando títulos e encantando o público com seus desfiles magníficos.

Campeão do carnaval do Rio de Janeiro por três vezes, Max Lopes deixou sua marca na história ao elevar a Mangueira ao título com o enredo “Yes, Nós Temos Braguinha”, em 1984.

Além disso, venceu com a Imperatriz Leopoldinense em 1989, com o enredo “Liberdade! Liberdade! Abra as Asas sobre Nós”.

Novamente, sagrou-se campeão pela Mangueira, em 2002, com “Brasil com “Z” é pra cabra da peste, Brasil com “S” é nação do Nordeste”.

 

Na Viradouro

Unidos do Viradouro 1990 – Wigder Frota

No ano de 1990, Max Lopes fez história levando a escola de Niterói, Viradouro, para o grupo especial do Carnaval. Com o enredo “Só vale o escrito”, ele conquistou a vermelho e branco de Niterói, permanecendo até 1993.

Durante sua primeira passagem pela escola, Max Lopes prestou duas homenagens. Em 1991, foi a vez de Dercy Gonçalves receber os holofotes com o enredo “Bravo, Bravíssimo – Dercy, o retrato de um povo”.

Reprodução TV Globo

Um ano depois, em 1992, foram os ciganos que foram homenageados por Max Lopes, com o enredo “…E a Mágia da Sorte Chegou!”.

Reprodução TV Manchete

Infelizmente, o desfile de 1992 ficou marcado por um trágico acidente. O último carro alegórico da Viradouro teve problemas no gerador e acabou pegando fogo durante o desfile. Max Lopes, em parceria com o carnavalesco Mauro Quintaes, assinou o desfile, mas desde então nunca mais utilizou qualquer artifício com fogo em suas alegorias.

Reprodução TV Manchete

Vinte anos após deixar a Viradouro, Max retorna, em 2013, com a escola no Grupo de Acesso. Com o enredo “Nem melhor nem pior, que não sai da minha mente. Inspiração para o meu samba, eu também sou diferente”, conquistou o 2º lugar. Tratava-se de uma homenagem aos 60 anos do Acadêmicos do Salgueiro.

Foto Tata Barreto|Riotur

Em 2016, Max volta a assinar um carnaval pela Viradouro: “O Alabê de Jerusalém: A Saga de Ogundana”, conquistando o 3º lugar no Grupo de Acesso, resultado considerado injusto por muitos. O samba-enredo chegou a ser eleito como o melhor do século XXI.

 

Dessa forma, Max Lopes mostrou sua habilidade em colocar a Viradouro no grupo especial do Carnaval, deixando sua marca através de enredos cativantes e homenagens emocionantes.

Porto da Pedra

Agência Estadão

Já na escola de São Gonçalo, Max Lopes desenvolveu o carnaval de 2009. “Não Me Proíbam Criar. Pois Preciso Curiar! Sou o País do Futuro e Tenho Muito a Inventar!” era o enredo. Naquela ocasião, a escola obteve a 10ª colocação, permanecendo no Grupo Especial.

Trajetória

Sua carreira teve início na década de 1970, quando trabalhou como ajudante do renomado carnavalesco Fernando Pamplona no Salgueiro. Logo em seguida, teve a oportunidade de se destacar como carnavalesco principal na Unidos de Lucas, em 1976, mesmo com a escola sendo rebaixada.

Ao longo de sua carreira, Max Lopes assinou inúmeros desfiles memoráveis, incluindo aqueles da tradicional Estação Primeira de Mangueira. Seu talento com as cores e sua habilidade em criar desfiles no estilo barroco o renderam o apelido de Mago das Cores.

O legado deixado por Max Lopes é incontestável. Suas criações marcaram várias décadas do carnaval carioca e seu trabalho será sempre lembrado como um exemplo de excelência no mundo do samba.

Mais do que um carnavalesco brilhante, Max Lopes foi um verdadeiro artista que dedicou sua vida ao carnaval. Sua partida deixa um vazio imenso no coração dos amantes da folia, mas seu legado estará para sempre vivo na memória de todos nós.

Descanse em paz, Mago das Cores. Obrigado por encantar nossos olhos e por nos fazer sonhar através dos desfiles magníficos que você criou. Sua genialidade será eternamente lembrada e admirada.

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