Mãe e pai apresentam versões diferentes sobre morte de Davi | Reprodução
A morte de Davi Delgado Magno, de 7 anos, no Morro da Fé, na Penha, Zona Norte do Rio, gerou controvérsias. A mãe da criança, Raquel Gomes Delgado, apresentou à polícia uma versão diferente da relatada por seu ex-marido, André Rosa Magno.
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A tragédia ocorreu na noite de quinta-feira (12), quando o menino foi baleado. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
Versão da Mãe: Medida Protetiva e Tentativas de Divórcio
Raquel Gomes Delgado relatou que há um ano tentava se divorciar de André de maneira amigável, mas ele não aceitava. Segundo ela, o ex-marido estava armado na hora do conflito. Raquel possui uma medida protetiva contra André, que proíbe qualquer contato com ela e exige sua saída do lar.
A medida foi comunicada à polícia, com André enviando prints das conversas para confirmar que tinha conhecimento da decisão judicial. A mulher afirma que a criança foi baleada enquanto ela e André discutiam.
A Versão de André Rosa Magno
Por outro lado, André Rosa Magno apresentou uma versão diferente do ocorrido. Ele alegou que a separação havia acontecido uma semana antes e que, na noite do incidente, Raquel retornou à residência para buscar o filho.
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Durante a briga, André afirmou que a mulher teria chamado traficantes para intervir. Em sua versão, com medo, ele fugiu com o filho no carro, atropelando um dos criminosos. Segundo ele, os traficantes reagiram e dispararam contra o veículo, atingindo Davi na cabeça.
Mensagens e Tentativas de Reaproximação
A situação se complica ainda mais com as mensagens trocadas entre André e Raquel. Em diversas conversas por aplicativo, André tentou convencer a ex-mulher a retirar a queixa na polícia e voltar para casa.
Ele enviou mensagens afirmando que ela estava “acabando com sua vida” e que ele seria preso. Para convencê-la, ele também enviou uma foto de Davi uniformizado, tentando atraí-la para casa.
Perícias e Investigação
Após o incidente, André dirigiu até o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha, onde Davi foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos.
A Polícia Civil realizou perícias no local e no veículo utilizado por André, que foi ouvido na Delegacia de Homicídios, junto com Raquel.
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A investigação continua, e a polícia analisa as versões contraditórias apresentadas pelas partes envolvidas.
Violência no Rio de Janeiro
Este caso é mais um exemplo da crescente violência na cidade do Rio de Janeiro. Em 2024, o Instituto Fogo Cruzado registrou 25 crianças baleadas na Região Metropolitana, sendo quatro fatais.
A violência no Rio segue como um problema urgente, com casos diários de tiroteios e mortes, como destacou o programa Em Pauta da GloboNews. Somente nesta semana, o estado foi palco de diversos episódios de violência, incluindo a morte de um policial militar e de um turista, além de outros feridos.
