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Mãe e filha são acusadas de racismo contra jornalista pelo MPRJ – Vídeo

Mãe e filha são acusadas de racismo contra jornalista pelo MPRJ

Foto: Reprodução

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Letícia Karam de Assis e Rosemary Karam por injúria racial contra o colunista do jornal DIA, Daniel Nascimento. O caso aconteceu em fevereiro deste ano em um supermercado de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A Justiça aceitou a denúncia e as tornou rés no processo.

A discussão entre mãe, filha e colunista teve início por causa de um lugar na fila do caixa do supermercado. De acordo com Daniel, Rosemary, a mãe, teria saído da fila e tentado retornar, esbarrando nele. O jornalista, então, teria dito que ela precisaria decidir onde ficaria, já que a filha dela estava guardando lugar em outra fila.

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Após a discussão verbal, Letícia teria agredido Daniel com arranhões e socos. Segundo o colunista, ele reagiu à agressão e revidou com socos para se defender. Momentos depois, ao tentar impedir a saída das duas do supermercado, ele foi novamente agredido com socos. Clientes do local intervieram em sua defesa.

Imagens gravadas por Daniel mostram Letícia, de cabelo preto, rebatendo os demais clientes do supermercado que reprovaram sua atitude. No vídeo, ela é flagrada dizendo “essa negrada aí”, se referindo ao colunista e aos demais negros do local. Ela também debocha dos manifestantes.

O advogado da vítima, Jonathan Melo, afirma que o principal objetivo é buscar a condenação das acusadas.

“É inaceitável que a sociedade aceite, em pleno ano de 2024, atitudes como esta na qual meu cliente foi vítima. Nosso principal objetivo agora é buscar, incessantemente, a condenação das acusadas, com base na legislação penal vigente. As consequências jurídicas incluirão pena de prisão e multa, demonstrando o compromisso das autoridades em combater esse crime e promover a igualdade racial”, disse.

Letícia foi presa em flagrante após os policiais assistirem as imagens dela falando “essa negrada”, em ofensa contra Daniel e aos demais clientes negros que estavam no local. No entanto, a 2ª Vara Criminal da Comarca de Nova Iguaçu determinou sua soltura, mediante medidas cautelares.

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