
Colunista Vicente Dattoli em frente a entrada do local | Vicente Dattoli/Arquivo Pessoal/Folha do Leste
NOVA IORQUE – Não, não é o Maracanã pós-Copa, afinal de contas, agora todos os nossos estádios “modernos” se tornaram arenas. A tal “arena mais famosa do mundo” é o Madison Square Garden, gigantesco ginásio multieventos que fica em Nova Iorque e serve de sede do New York Knicks (basquete) e do New York Rangers (hóquei no gelo) – como o Maracanã é de Flamengo e Fluminense atualmente.
Para os desavisados, o Madison Square Garden já recebeu, por exemplo, a histórica luta entre Joe Frazier e Muhammad Ali, o Cassius Clay. Foi em 8 de março de 1971 e Ali perdeu. O confronto ficou conhecido como a “luta do século” e Frazier levou a melhor. Voltaram a se enfrentar duas outras vezes (uma delas, apenas exibição) e Ali saiu vencedor. O MSG (e o mundo) parou para ver os dois gigantes lutando.

Entrada do ginásio em Nova York | Vicente Dattoli/Arquivo Pessoal/Folha do Leste
Só que o Madison Square Garden não é templo apenas para basquete, hóquei e boxe. O tênis também já movimentou a gigantesca arena. Billie Jean King, considerada uma das melhores tenistas da história, jogou lá nos anos 70. O MSG já recebeu figuras icônicas do esporte da raquete e registra essas presenças em uma espécie de calçada da fama em sua entrada. Várias personalidades da música e do esporte também têm ali suas estrelas.
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Não se pense, porém, que apenas o esporte tem lugar no icônico espaço. Frank Sinatra fez um show inesquecível em 1974. Uma baiana também brilhou, em 2010. Apenas Ivete Sangalo. Também os Rolling Stones aqui se exibiram, assim como uma moça chamada Marilyn Monroe, que cantou
“Parabéns pra você” diante de 15 mil pessoas para o presidente dos Estados Unidos, John Kennedy – que após a homenagem falou que “poderia aposentar-se”.

Vestiário de um dos ‘donos da casa’, localizado no interior do ginásio | Vicente Dattoli/Arquivo Pessoal/Folha do Leste
Qual a razão, porém, de o FOLHA DO LESTE publicar esta matéria hoje, 16 de junho?
Simples… Neste dia, há 75 anos, o nosso Maracanã foi inaugurado. Com um jogo entre paulistas e cariocas (vencido pelos visitantes por 3 a 1), iniciou-se a história daquele que já foi o maior estádio de futebol do mundo. Um estádio onde também brilharam astros de outros esportes.
Como esquecer o jogo de vôlei, com chuva, entre Brasil e União Soviética, em 1983? Ou o mesmo Frank Sinatra, encantando o Rio de Janeiro com seu “New York, New York”? Falar de Rock in Rio e da presença do Papa João Paulo II seria covardia numa comparação. Esta matéria, porém, não é para acirrar ânimos, mas para mostrar que, se Nova Iorque tem seu templo para esportes, músicas e outros eventos, nada supera o nosso querido (e tão maltratado) Maracanã.

Plaqueta com a história do ginásio | Vicente Dattoli/Arquivo Pessoal/Folha do Leste
Parabéns, parceiro! Que venham outros 75 anos para que possamos comparar nossas conquistas com outros ícones mundiais.