Lula propõe conselho global para monitorar ações climáticas na ONU

Lula propõe conselho global para monitorar ações climáticas na ONU | Ricardo Stuckert/PR
No discurso de abertura da 80ª Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a urgência de colocar o combate às mudanças climáticas no centro das discussões internacionais. Ele propôs a criação de um conselho vinculado à Assembleia-Geral para monitorar as ações climáticas globais com força e legitimidade.
Lula reforçou que a ONU, com 80 anos de história, precisa se modernizar. Segundo ele, o novo conselho dará coerência às políticas climáticas e cobrará resultados dos países.
“Bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática. O ano de 2024 foi o mais quente já registrado. A COP30, em Belém, será a COP da verdade. Será o momento de os líderes mundiais provarem a seriedade de seu compromisso com o planeta”, afirmou.
O presidente brasileiro enfatizou ainda a importância de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) ambiciosas para reduzir emissões de gases do efeito estufa. Ele citou o compromisso do Brasil de cortar entre 59% e 67% das emissões até 2035. Até agora, apenas 47 países apresentaram suas NDCs, segundo o Itamaraty.
“Sem as NDCs, caminharemos de olhos vendados para o abismo”, alertou Lula.
COP30 e Fundo Florestas Tropicais
Lula destacou que todos os líderes devem passar da negociação para a ação climática, de forma justa entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Ele lembrou que a COP30, marcada para novembro em Belém, mostrará ao mundo a realidade da Amazônia, região onde o Brasil reduziu o desmatamento pela metade nos últimos dois anos.
O presidente anunciou também o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, mecanismo de conservação proposto pelo Brasil. O objetivo é incentivar países a manter suas florestas em pé, remunerando ações que promovam desenvolvimento sustentável e proteção ambiental.
“Fomentar o desenvolvimento sustentável é o objetivo do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que remunerará os países que preservam suas florestas”, concluiu.
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