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Light é alvo de críticas por moradores do Rio

Light é alvo de críticas por moradores do Rio

Foto: Divulgação

A Rocinha, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, protagonizou um protesto no dia 16 de novembro de 2023 em frente ao túnel Zuzu Angel. Os moradores da região, insatisfeitos com a falta de luz que já se estendia por nove dias consecutivos, manifestaram sua indignação. O problema da ausência de energia elétrica, que gerou prejuízos e transtornos para milhares de pessoas, é recorrente e reflete um cenário delicado enfrentado pela empresa responsável pelo fornecimento de eletricidade, a Light.

A Light atua em 31 municípios fluminenses e atende a uma população de 11 milhões de pessoas, sendo utilizada por cerca de 64% dos habitantes do Rio de Janeiro. A Rocinha, atualmente com aproximadamente 67 mil moradores, é a segunda maior favela do país em termos de população, ficando atrás apenas da Sol Nascente, em Brasília. O abastecimento de energia na região é essencial para o bom funcionamento das atividades cotidianas dos moradores.

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No dia do protesto, o trânsito em São Conrado foi intensamente afetado, com impacto sentido até a Barra da Tijuca. Para resolver a situação, o Tribunal de Justiça do Rio determinou que a Light restabelecesse o fornecimento de luz na Rocinha em 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 50 mil em caso de descumprimento. Uma medida necessária, pois a falta de energia teve repercussões graves, como a perda de alimentos e a dificuldade de realização de atividades básicas.

A empresa alega que 84% das residências da Rocinha têm ligações clandestinas, o que sobrecarrega os transformadores e resulta em quedas de energia constantes. Equipes da Light vão ao local, restabelecem a energia para clientes que relatam problemas, mas logo surgem novas interrupções devido à sobrecarga na rede. O presidente do grupo cultural Rocinha.Org, Ocimar Santos, reconhece a existência das ligações clandestinas, mas contesta a falta de regularização por parte da empresa fornecedora de energia.

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Além da Rocinha, outros bairros do Rio de Janeiro têm enfrentado instabilidades no fornecimento de energia elétrica. No dia 16 de novembro, trechos dos bairros do Cachambi, Triagem e Benfica foram afetados devido a uma ocorrência na rede de Furnas. Nas redes sociais, é possível encontrar diversas reclamações de moradores sobre a persistência do problema. Em 18 de novembro, a falta de energia atingiu moradores de São João de Meriti, Duque de Caxias, Pavuna, Ilha do Governador e outros bairros da Zona Norte e Zona Oeste.

A rotina das pessoas é afetada diretamente pelos apagões frequentes. July Tenorio, residente do Recreio dos Bandeirantes, relata que a falta de luz gera problemas no trabalho remoto, prejudica a estabilidade da internet e até danificou sua geladeira. A situação se repete em outros momentos, como ocorreu em 23 de setembro, quando 14 bairros das Zonas Sul e Norte registraram apagões.

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Em maio de 2022, a Light foi multada em R$ 37 milhões pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) por má prestação de serviços no atendimento comercial aos consumidores. Além disso, a empresa também já havia sido punida em R$ 29 milhões devido a um acidente ocorrido em 2016, no qual houve uma explosão no sistema subterrâneo. No âmbito estadual, o Procon Carioca aplicou outra multa, no valor de R$ 2 milhões, pela interrupção do fornecimento de energia em diversos bairros do Rio durante vendavais e tempestades.

A Light destaca que está à disposição da justiça para esclarecer as ocorrências e ressalta que tem investido em melhorias nos seus serviços digitais. Além dos problemas enfrentados, a empresa encontra-se em processo de recuperação judicial, com o objetivo de renegociar uma dívida de R$ 11 bilhões.

 

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