
Foto: Divulgação
No último domingo (30), os policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Jacarezinho prenderam Leonardo Augusto Teixeira Lima, conhecido como “Trem”, apontado pela Polícia Militar como um dos principais chefes do crime organizado na comunidade. Além disso, ele é suspeito de estar envolvido no confronto que resultou na trágica morte da jovem Kathlen Romeu, ocorrida em junho de 2021, no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio de Janeiro.
A prisão ocorreu quando “Trem” estava transitando de moto próximo ao viaduto de acesso ao túnel Noel Rosa, em Vila Isabel. Na tentativa de fuga, Leonardo acabou caindo da parte baixa do viaduto e foi encaminhado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha. Atualmente, seu estado de saúde é considerado estável.
O criminoso não só era foragido da Justiça mas também possuía antecedentes criminais, respondendo por homicídio, roubo, tráfico de drogas e resistência qualificada. A moto que estava em sua posse no momento da prisão foi identificada como roubada e apresentada na 25ª DP (Engenho Novo), onde a ocorrência foi registrada.
Relembre o caso
Relembrando o caso que chocou o país, Kathlen Romeu, uma designer de interiores e modelo, foi vítima fatal no Complexo do Lins em 8 de junho de 2021. Ela estava visitando parentes junto com sua avó quando foi atingida por um disparo. Grávida de quatro meses na época do ocorrido, a jovem teve sua morte amplamente comentada e provocou debates sobre a violência policial. Apesar da versão da Polícia Militar falar de uma troca de tiros no local, a família contesta essa narrativa, sugerindo que o tiro que atingiu Kathlen foi direcionado.
No decorrer das investigações, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) realizou uma audiência de instrução e julgamento dos policiais militares acusados de sua morte. Testemunhas foram ouvidas, incluindo a avó de Kathlen, Sayonara de Fátima Queiroz de Oliveira, que reforçou que as ruas estavam calmas naquele momento, sem qualquer indício de conflito armado.
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Além disso, a mãe de Kathlen, Jackelline de Oliveira Lopes, também prestou depoimento, ressaltando que só soube da gravidade do estado da filha no hospital, quando foi informada sobre seu falecimento. Ela compartilhou que, para lidar com a dor opressiva de perder a filha, se apoia em medicamentos e terapia.
Na próxima audiência, marcada para o dia 7 de agosto, são esperados mais depoimentos de testemunhas. Os dois policiais militares acusados de homicídio, Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias, afirmam ter trocado tiros com traficantes locais. Além dessa acusação, eles e outros três PMs também respondem por fraude processual, tendo em vista a suspeita de terem alterado a cena do crime.