A Lei Seca no Rio de Janeiro completa 16 anos nesta quarta-feira (19) com um histórico positivo, mas também com desafios a serem superados. Um levantamento do Governo do Estado revela que, de 2014 a fevereiro deste ano, mais de 2,5 milhões de motoristas foram abordados nas operações.
Dentre os abordados, quase 240 mil foram flagrados dirigindo sob o efeito do álcool, o que representa 9,4% da população fluminense. Esse número, apesar de expressivo, ainda é motivo de preocupação, pois indica que um percentual significativo de motoristas insiste em colocar em risco a própria vida e a de terceiros.
+ LEIA TAMBÉM: ►Rio tem 15 das 100 cidades mais violentas do país
O deputado federal Hugo Leal, autor da Lei Seca, alerta para o aumento nos registros de reincidência. “Em 2018, a taxa de motoristas flagrados dirigindo alcoolizados era de 4%. Esse número subiu para 13% em 2021 e atualmente está em 12,5%.
Estamos há quatro anos com taxas acima de 10%, quando antes tínhamos sete anos consecutivos abaixo desse índice. Isso mostra a necessidade de intensificar a fiscalização e as campanhas de conscientização”, ressalta o parlamentar.
+ MAIS NOTÍCIAS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO? CLIQUE AQUI
Dessa forma, o levantamento revela ainda que 59 motoristas foram flagrados dirigindo alcoolizados 10 vezes ou mais, ou seja, em média, uma vez por ano nas operações da Lei Seca. Entre cinco e nove vezes, foram 586 condutores.
Além disso, outro dado que chama atenção é a similaridade entre o número de autuações nas sextas e sábados (120.158) e de domingo a quinta (120.709), demonstrando a persistência do problema durante todos os dias da semana.
Por fim, a média mensal de motoristas flagrados pela Lei Seca no Rio de Janeiro é de 19.751. Sendo assim, dezembro é o mês com mais ocorrências (23.186), seguido por novembro (17.267). As cinco cidades com mais flagrantes são Rio de Janeiro (161,8 mil), Niterói (13,9 mil), São Gonçalo (7,3 mil), Nova Iguaçu (5,1 mil) e São João de Meriti (3,7 mil).