Foto: Divulgação
Com a proximidade das eleições e a falta de resultados no campo, Rodolfo Landim busca uma estratégia final para garantir a eleição de seu sucessor e afastar a ameaça do retorno de Eduardo Bandeira de Melo ao Flamengo. Sua cartada final consiste em aprovar a Sociedade Anônima de Futebol (SAF) no clube, a fim de captar mais recursos para o time através de patrocínios e ações independentes.
Várias palestras e debates já foram realizados na sede do clube para discutir a implementação da SAF. No entanto, Landim sabe que precisa de algo impactante para convencer os conselheiros rubro-negros a aprová-la. E o tema recorrente nessas discussões é o tão falado estádio do Flamengo.
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Para negociar a compra do terreno ao lado da Rodoviária Novo Rio, próximo ao Maracanã, São Januário e do estádio Ronaldo Nazário de Lima, Rodolfo Landim contratou um CEO que está em contato com a Caixa Econômica Federal (CEF). O novo presidente da CEF, Carlos Vieira Fernandes, declarou que uma negociação com o Flamengo é possível, desde que seja rentável para o banco.
Ainda assim, Landim precisa de recursos para adquirir o terreno e viabilizar a construção do estádio, e é aí que entra a SAF. O presidente acredita que, vendendo 30% do clube, será possível construir a nova arena gratuitamente. Estima-se que essa venda possa render cerca de 5 bilhões de reais, dos quais 1,5 bilhões seriam destinados ao Flamengo.
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Com 400 milhões de reais para o terreno do Gasômetro, sobrariam 1,1 bilhão para a construção do estádio, que Landim estima em 800 milhões de reais. Dessa forma, o clube ainda ficaria com 300 milhões de reais e manteria 70% do controle acionário.
A CEF, ciente do potencial de divulgação de sua marca como patrocinadora de clubes de futebol, deseja retomar essa parceria. Após o sucesso das parcerias com o Flamengo e o Banco de Brasília (BRB), o banco vê no envolvimento com o maior e mais popular clube brasileiro a oportunidade de engajar mais de 45 milhões de possíveis clientes.
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No entanto, apesar da propaganda favorável à SAF feita por Landim e seus aliados, ainda há dúvidas entre os conselheiros do Flamengo em relação ao modelo de sociedade. Questões como o limite de venda de cotas, o modelo da SAF, o percentual permitido para cada empresa adquirir ações e a possibilidade de envolvimento de dirigentes, sócios e até mesmo torcedores comuns ainda não foram esclarecidas.
Landim vê nesse momento a oportunidade ideal de estreitar laços com a CEF e, assim, tirar o projeto do estádio do papel. No entanto, é importante que todos os detalhes relacionados à SAF sejam discutidos e esclarecidos antes da aprovação.
