
Ladrão morre eletrocutado durante tentativa de furto em Niterói | Reprodução
A Zona Sul de Niterói testemunhou, novamente, o resultado fatal de mais uma tentativa de furto de cabos de energia – crime que se tornou corriqueiro na cidade, via de regra praticado por dependentes químicos vivendo em situação de rua. O caso aconteceu por volta das 22h30, quando um ladrão de cabos morreu eletrocutado na Rua Desembargador Tolêdo Piza, entre Icaraí e Vital Brazil.
Em outras palavras, o criminoso pagou com a vida por seu vício, num duelo com o poste em que por vezes o ladrão leva a melhor. Trata-se de um filme cujo roteiro se repete em todas as ações. O viciado, desesperado para saciar sua dependência química, escala o poste e arrisca a vida para roubar o cobre. O destino do material? Ferros-velhos muitos deles clandestinos, onde a receptação vira lucro sobre miséria alheia. Além deles, os traficantes de drogas, na venda dos entorpecentes às pessoas em total drogadição.
Quando chegou ao local, o Corpo de Bombeiros já encontrou o homem sem vida, ao passo que sequer houve acionamento da Polícia Militar. Diante da descarga elétrica fatal, restava apenas a remoção do corpo do local. O homem, a princípio não identificado, teve como destino o Instituto Médico Legal, no Barreto.
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Conforme relato de testemunhas, o furto de cabos já virou rotina naquela região. Na maioria dos casos, protagonizada por dependentes químicos em situação de rua.
Reação do Poder Público

Operação Asfixia fecha ferros-velhos clandestinos em Niterói. Um dia depois, ladrão morre eletrocutado em Niterói em tentativa de furto | Divulgação
Enquanto o bem luta contra o mal, a conta da ousadia segue caindo no colo da população. Os furtos interrompem o fornecimento de energia, causando prejuízos a empresas e moradores. Além disso, ampliam o risco de incidentes fatais como esse.
A morte desta terça escancara o tamanho do problema que, até então, vem se acumulando em Niterói e outras cidades. Assim sendo, o furto de cabos não se resume apenas a um crime patrimonial, mas a uma tragédia social, alimentada por vício, desespero, ganância e omissões.
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