

La Niña pode se formar na primavera e alterar clima no Brasil, diz NOAA | Reprodução/Pixabay
A Administração Atmosférica e Oceânica dos Estados Unidos (NOAA) elevou para 56% a probabilidade de formação do fenômeno La Niña durante a primavera no Hemisfério Sul, que começa em 22 de setembro.
Segundo o relatório, as temperaturas abaixo da média na superfície do Oceano Pacífico Equatorial já apresentam características típicas do fenômeno, levando a previsão ao estágio Watch (Alerta).
A Climatempo destaca que, no Brasil, os efeitos da La Niña são sentidos principalmente no inverno e na primavera, influenciando tanto a distribuição das chuvas quanto a intensidade das ondas de frio.
O que é o fenômeno La Niña?
A La Niña consiste no resfriamento em grande escala da superfície do Pacífico Equatorial, especialmente em suas regiões central e oriental.
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Esse resfriamento altera a circulação atmosférica tropical, afetando ventos, pressão e padrões de chuva.
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La Niña: tende a gerar anos mais frios.
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El Niño: costuma provocar anos mais quentes.
No entanto, especialistas alertam que as mudanças climáticas globais têm alterado a intensidade e a previsibilidade desses efeitos.
Impactos esperados no Brasil
Caso o fenômeno se confirme, os principais reflexos regionais durante a primavera de 2025 podem ser:
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Sudeste: temperaturas abaixo da média e possibilidade de novas ondas de frio.
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Norte: chuvas acima da média, aumentando o risco de elevação do nível dos rios.
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Sul: chuvas irregulares, com risco para a agricultura e o abastecimento hídrico.
A Climatempo ressalta que os episódios de frio intenso registrados neste inverno já indicavam sinais de influência de uma “quase La Niña”, com maior entrada de massas de ar polar.