A Justiça negou o pedido de trancamento do processo, sobre o acidente que vitimou três jovens, em abril de 2021, na Região Oceânica de Niterói.
A solicitação foi feita pela defesa de Leonardo Moraes da Silva Pagani, réu no processo, que dirigia o automóvel na noite do acidente.
Os advogados alegavam que houve violação do Código de Processo Penal (CPP) porque o médico que atendeu Leonardo, após o acidente, foi arrolado na condição de testemunha de acusação.
À polícia, o profissional da saúde teria confirmado que havia indícios de consumo de álcool, por parte do motorista. A defesa do réu afirma que houve desrepeito à Ética Médica, tese que foi rechaçada pelo juiz Gabriel Stagi Hossmann.
“Entendo não haver qualquer impedimento para que a referida testemunha preste seu depoimento em juízo, considerando que não haverá quebra de sigilo profissional da testemunha. Não há que se falar em trancamento da ação penal”, escreveu o magistrado.
O acidente
Em 8 de abril de 2021, por volta das 23h30, o Chevrolet Ônix que transportava os jovens Gabriel Palmieri Gonçalves, de 19 anos; Emily Miranda, de 20; Roberta Miranda, de 17; Raphael Eres Dudjak Guerreiro, de 18 e Leonardo Moraes da Silva Pagani, de 19, capotou na Estrada Francisco da Cruz Nunes.
Os três primeiros morreram no local. Raphael teve ferimentos leves. Já Leonardo, que estava dirigindo, também teve ferimentos leves, mas, segundo a Polícia Civil, consumiu álcool antes de dirigir. A Justiça o tornou réu por homicídio culposo na direção de veículo automotor.