A Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de um homem acusado de tentativa de homicídio em Realengo, na Zona Oeste da cidade. Ele foi preso em flagrante após disparar contra os vizinhos, por suspeitar que estava sendo filmado.
Casal foi socorrido após ataque com arma de fogo
As vítimas foram identificadas como Caio de Azevedo, 27 anos, e Bianca Cristina Pinheiro, 23 anos. Os dois foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros e encaminhados ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, também em Realengo. Eles sofreram ferimentos leves e já receberam alta.
Na audiência de custódia, realizada no dia seguinte, o juiz Pedro Ivo Martins Caruso D’Ippolito considerou haver indícios suficientes para manter Paulo Cesar preso. A conversão da prisão em flagrante para preventiva foi determinada com base nas imagens do crime e nos depoimentos colhidos.
“O custodiado teria disparado diversos tiros em direção às vítimas, que são seus vizinhos. Uma das vítimas chegou a ser atingida na perna. No caso em concreto, extrai-se, da empreitada delitiva, elevada audácia e destemor do custodiado. Houve, pois, um maior desprezo pelos bens jurídicos tutelados, o que destoa do mínimo necessário à configuração do delito, e, por consequência, demonstra a periculosidade concreta do custodiado e a perspectiva de novas infrações penais”, escreveu o magistrado.
Justiça mantém preso suspeito de atirar em vizinhos
Segundo a investigação, Paulo Cesar teria reagido de forma violenta após desconfiar que a vizinha e o namorado estavam gravando sua movimentação. O incidente ocorreu na Rua João Luso, onde ele residia.
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A filmagem feita por uma câmera próxima mostra Paulo conversando com o casal, se afastando e, minutos depois, voltando armado. Ele abre fogo assim que os encontra novamente. Os tiros atingiram as vítimas, mas sem causar lesões graves.
Prisão preventiva foi baseada nas imagens do crime
A decisão da Justiça destacou a “gravidade concreta da conduta” e o risco de que o suspeito volte a cometer novos atos de violência. Paulo Cesar agora responderá formalmente pelo crime de tentativa de homicídio duplamente qualificado.
As vítimas relataram que não houve qualquer provocação antes dos disparos. A polícia segue apurando se havia histórico de conflitos entre os envolvidos.