A Justiça do Rio de Janeiro decidiu, nesta quinta-feira (7), destituir Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão, proferida pela 21ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) sobreveio por unanimidade. Resta a Ednaldo, bem como aos seus vice-presidentes, recorrer ao Superior Tribunal de Justiça, ou tentar alguma manobra na própria Corte, como a apresentação de Embargos. A decisão tem efeito imediato. Amanhã (sexta-feira, 8), Dia da Justiça, é feriado forense.
Os desembargadores entenderam que o TAC como ilegal, pois o MPRJ não possui legitimidade para interferir nos assuntos internos da CBF.
Justiça destituiu Ednaldo Rodrigues do cargo de presidente da CBF | Créditos: Thais Magalhães/CBF/Divulgação
O motivo da deposição de Ednaldo está relacionado ao Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado por ele, representando a CBF, e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), em 2018. Isso ocorreu na ocasião em que o então presidente, Rogério Caboclo, envolveu-se em um escândalo de assédio sexual contra uma funcionária da entidade. O próprio Ednaldo assinou o documento na época, ainda na condição de vice-presidente da entidade.
Com a decisão, o presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz, assume a CBF interinamente por 30 dias.
A decisão judicial também destitui os vice-presidentes da CBF.
A princípio, em sua defesa, Ednaldo se diz vítima de um golpe, orquestrado por Marco Polo Del Nero e Ricardo Teixeira, ambos banidos do futebol.
