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A jovem Lívia Lima Simões Paiva Pereira, que foi acusada de agredir o namorado e cortar parte de sua barriga, em Guarapari, obteve sua absolvição pela Justiça do Espírito Santo. O caso, que ganhou destaque na Praia do Ermitão em janeiro de 2022, teve seu desfecho nesta segunda-feira (24).
Em uma decisão emitida pela 2ª Vara Criminal da cidade, o juiz Edmilson Souza Santos declarou que não existiam provas suficientes para condenar Lívia. Baseado nos depoimentos das 12 testemunhas apresentados pelo Ministério Público, o juiz concluiu que não havia evidências que comprovassem a autoria do crime.
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Apesar de Lívia apresentar hematomas em sua cabeça, coxa e mão, o juiz ressaltou que essas lesões não eram suficientes para provar que ela tenha se ferido no momento em que supostamente agrediu seu namorado. Os médicos que testemunharam no processo afirmaram que essas lesões poderiam ser tanto de um ataque quanto de uma defesa.

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Diante disso, o juiz considerou a possibilidade de terceiros estarem envolvidos no crime, abrindo espaço para novas investigações sobre o caso.
“Considerando que o acesso ao parque se dá pela portaria, pelas pedras e pelo mar, não se pode afirmar que apenas o casal se encontravam no local do fato. É possível que terceira (s) pessoa(s) estivesse(m) no local, quiçá praticado o crime”, disse o juiz.
Após a sentença de absolvição, o advogado de defesa de Lívia, Lécio Machado, expressou seu contentamento com o resultado.
“Sabíamos que até mais do que inocente, ela é vítima de terceiros. Isso a gente conseguiu provar nos autos com os ferimentos que ela sofreu. Ela foi bastante ferida, fato que conseguimos provar nos autos. Também conseguimos provar, através de vídeos, que tiveram pelo menos oito pessoas naquela noite dentro do parque”, destacou o advogado.
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Ele afirmou que esta decisão atendeu às expectativas tanto da defesa quanto da família da jovem.
“Até hoje eles namoram, eles estão juntos, ele tá bem de saúde. A revolta é por causa da mídia social que o atacou. As pessoas colocaram ela como uma mulher terrível, uma mulher péssima, alguém que pudesse ter machucado. Mas, na verdade, é uma moça que foi vítima tanto quanto ele e passou quase um ano e meio para a Lívia conseguir provar a inocência dela”, destacou o advogado.
No entanto, Machado também ressaltou o sentimento de revolta devido aos ataques que Lívia sofreu durante o desenrolar do caso.