
Velório e sepultamento de jovem niteroiense Juliana Marins, morta por falta de socorro no Monte Rinjani, na Indonésia, após sofrer queda em trilha, ocorrem no Parque da Colina, em Niterói, enquanto família espera resultado de nova autópsia | Reprodução/Instagram
Desde pouco antes das 10h da manhã, o Cemitério Parque da Colina, em Niterói, reúne familiares e amigos para o funeral da jovem Juliana Marins, de 26 anos, que morreu após uma queda no Monte Rinjani, na Indonésia. Amigos, parentes e desconhecidos prestaram homenagens logo na chegada. Coroas de flores tomaram a entrada do local. O corpo de Juliana Marins passou por nova autópsia antes da cerimônia de despedida.
No local, uma atmosfera de dor, indignação e saudade. Conforme o protocolo divulgado pela família, entre 13h e 15h o velório teria apenas a presença de familiares e amigos mais próximos. Em seguida, ocorre o sepultamento.

Cemitério Parque da Colina, em Niterói, local do velório e sepultamento de Juliana Marins, em meio à expectativa da família pelo resultado da autópsia feita no Rio de Janeiro | ₢ Jullia Paiva/A Tribuna — imagens cedidas • vedada qualquer reprodução sem autorização dos autores
Pai fala com a imprensa
Manoel Marins, pai de Juliana, falou com a imprensa ao chegar ao Parque da Colina. Sobretudo, do sentimento de saudade e das lembranças de “muita alegria” da filha que estão em sua memória.

Pai de Juliana Marins, Manoel Marins no cemitério Parque da Colina, em Niterói | ₢ Jullia Paiva/A Tribuna — imagens cedidas • vedada qualquer reprodução sem autorização dos autores
“Ela era meiga e tinha um sorriso maravilhoso. Será que um dia essa saudade vai diminuir? Não sei…”, refletiu, ponderando ainda sobre a presença da filha no coração dele e de todos os que a amavam “Ela não está presente mas espiritualmente está”, disse, resignado.
Ao mesmo tempo, o Manoel Marins ainda tornou a falar sobre o descaso do governo da Indonésia nas operações de resgate de Juliana. Principalmente, pela falta de estrutura.
“Foi um descaso com a vida humana, negligência, precariedade de serviços para a aquele país. Se a Defesa Civil fosse acionada imediatamente, certamente daria tempo de salvar a minha filha”, frisou.
Nova autópsia de Juliana Marins pode responsabilizar governo da Indonésia pela morte
O desleixo do governo indonésio colocou em xeque a autópsia feita no corpo de Juliana Marins naquele país. Vale lembrar, nesse sentido, que uma equipe independente realizou, por conta própria, a operação de resgate do corpo da jovem, no Monte Rinjani. Mas o laudo pericial inicial, realizado ainda no país asiático, contém diversas imprecisões, ao ver da família.

| ₢ Jullia Paiva/A Tribuna — imagens cedidas • vedada qualquer reprodução sem autorização dos autores
Por conta disso, eles solicitaram uma nova autópsia no corpo de Juliana, assim que o corpo chegou ao Brasil, na terça-feira (1). Entretanto, a realização do exame aconteceu no dia seguinte (quarta-feira, 2), no Rio de Janeiro e o resultado preliminar somente terá divulgação na semana que vem.
No entanto, este laudo será determinante para os próximos passos da família de Juliana. Primordialmente, nas ações que pretende adotar contra o governo da Indonésia. Ainda segundo Manoel Marins, a Embaixada do Brasil havia lhe informado que o governo indonésio estaria revendo os protocolos de resgate. Tal medida dá ao pai de Juliana a atenuante de que sua filha não morreu em vão.
“Eu disse a eles: Se vocês conseguirem fazer essa revisão e evitar que novas mortes aconteçam, sentirei que tudo isso não será em vão”, declarou Manoel Marins
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