
Juliana Marins pode ter morrido dias após queda em penhasco na Indonésia | Reprodução
A queda de Juliana Marins em um penhasco na Indonésia pode não ter sido fatal de imediato. Segundo o médico legista responsável pela autópsia, a brasileira teria morrido até quatro dias após o acidente.
A revelação foi feita por Ida Bagus Alit à BBC News Indonésia e contraria a versão da agência de resgate Basarnas, que informou a localização do corpo já sem vida na noite de terça-feira (24).
Para Alit, a morte teria ocorrido entre 1h e 13h da quarta-feira (25) no horário local, o que corresponde ao intervalo entre 14h da terça e 2h da madrugada de quarta em Brasília. O cálculo se baseia no estado do corpo no momento da remoção.
“Há uma diferença de cerca de seis horas com relação ao horário declarado pela Basarnas. Isso se baseia nos dados de cálculo do médico”, explicou o médico à BBC News Indonésia.
Juliana, de 26 anos, caiu no último sábado (21), durante uma trilha no Monte Rinjani — segundo maior vulcão da Indonésia, localizado na ilha de Lombok.
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Porém, Alit acredita que Juliana não resistiu por muito tempo após os ferimentos. A estimativa é de que ela tenha morrido cerca de 20 minutos após o trauma que causou as fraturas.
“Havia um ferimento na cabeça, mas nenhum sinal de hérnia cerebral. Isso geralmente ocorre várias horas a vários dias após o trauma. Da mesma forma, no tórax e no abdômen, houve sangramento significativo, mas nenhum órgão apresentou sinais de retração que indicassem sangramento lento. Isso sugere que a morte ocorreu logo após os ferimentos”, explicou.
Segundo ele, não houve sinais de reações tardias, como hérnia cerebral ou retração de órgãos por sangramento lento — indicando morte rápida.
A investigação continua em andamento. O governo brasileiro acompanha o caso junto às autoridades indonésias.