Na edição do programa “Linha de Passe”, exibido na última segunda-feira (7), os jornalistas Dimas Coppede, Gian Oddi, Paulo Calçade, Pedro Ivo Almeida, Victor Birner e William Tavares discutiram as denúncias publicadas pela revista “Piauí” contra Ednaldo Rodrigues. As falas foram em tom crítico, o que gerou desconforto na CBF.
De acordo com informações divulgadas pelo portal “UOL”, a entidade solicitou providências à ESPN, com quem mantém acordo comercial referente à transmissão da Série B do Campeonato Brasileiro.
Alteração imediata na grade e transmissões
Como resposta à pressão, a emissora afastou os seis comentaristas. O programa do dia seguinte, na terça-feira (8), foi apresentado por outros jornalistas: André Plihal, André Kfouri, Breiller Pires, Eugênio Leal e Leonardo Bertozzi. Também houve ajustes na escala de transmissão dos jogos.
A previsão é que o grupo afastado retorne à programação a partir desta quinta-feira (10), mas a ESPN ainda não confirmou oficialmente.
Denúncias contra o presidente da CBF geram polêmica
A matéria publicada pela “Piauí” acusa Ednaldo Rodrigues de conceder aumento salarial aos presidentes das federações de R$ 50 mil para R$ 215 mil. Segundo a revista, o dirigente estaria usando a estrutura da CBF para beneficiar aliados e viabilizar sua reeleição.
+ MAIS NOTÍCIAS DE ESPORTES? CLIQUE AQUI
A reportagem também aponta que, durante a Copa do Mundo de 2022 no Catar, a CBF teria arcado com despesas de luxo. Entre elas, hospedagens em hotel cinco estrelas e um cartão corporativo com limite de R$ 2,5 mil por dia para 49 convidados, entre eles congressistas. Familiares de Rodrigues também teriam se beneficiado.
Repercussão segue em debate nos bastidores
Apesar do afastamento, a decisão da ESPN segue gerando repercussão. Jornalistas da casa e de outras empresas questionam a pressão da CBF. O caso reabre o debate sobre liberdade editorial em empresas com contratos comerciais com entidades esportivas.