
João Fonseca encara Jack Draper na terceira rodada do Roland Garros | Divulgação/X /@rolandgarros
João Fonseca é eliminado na terceira rodada de Roland Garros, mas não sem antes fazer história. Aos 18 anos, o brasileiro superou a marca de Rafael Nadal ao chegar invicto à terceira fase do Grand Slam francês, o que não acontecia desde o ano 2000. A trajetória terminou neste sábado (1º), com derrota por 3 sets a 0 para o britânico Jack Draper — parciais de 6/2, 6/4 e 6/2, em 1h46.
O desafio era grande. Draper, número 5 do mundo, já havia atropelado Fonseca no Masters 1000 de Indian Wells, em março, com um impiedoso “pneu”. Na ocasião, aplicou um 6/0 e deixou clara a distância técnica entre os dois. Em Roland Garros, o roteiro não foi muito diferente. Com saque firme, devoluções precisas e ritmo agressivo, o britânico não permitiu que o brasileiro ameaçasse.
O primeiro set terminou em apenas 32 minutos. Fonseca cometeu 16 erros não forçados contra apenas sete de Draper. Os números refletiram a dificuldade: 3 bolas vencedoras contra 8 do adversário, e dois serviços quebrados. No segundo set, o brasileiro até teve sua primeira chance de quebra, mas desperdiçou. Draper resistiu e fechou com uma bola na rede do jovem.
A terceira parcial expôs o desgaste físico e emocional de Fonseca. Após novo break logo no primeiro game, Draper abriu 4 a 0. O brasileiro pediu atendimento médico, conseguiu confirmar um serviço, mas já mostrava queda na mobilidade. Ao fim, o britânico confirmou a vitória com autoridade.
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Apesar da eliminação, o brasileiro sai valorizado. Fonseca, que começou o torneio como 65º no ranking da ATP, pode atingir sua melhor colocação na carreira: provisoriamente em 55º, com 999 pontos. A depender de outros resultados, pode até figurar entre os 50 melhores do mundo — um feito e tanto para quem só tem 18 anos.
O jovem carioca também crava seu nome na história ao avançar às oitavas de Roland Garros sem perder sets, algo que nem Nadal conseguiu em 2000, quando tinha três meses a mais que Fonseca. O futuro do tênis brasileiro segue promissor — mesmo em dias de derrota.