Brasil

Jagunços oficiais de DITADOR e do GSI agridem repórter da Globo

O que já era absurda – a recepção do ditador da Venezuela Nicolas Maduro no Brasil – onde ele não é bem-vindo até por quem votou em Lula, tornou-se uma cena chocante e bárbara. Após a reunião no Itamaraty, o clima ficou tenso. Agentes de segurança, ou melhor dizendo, jagunços, do presidente venezuelano e a serviço do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)da presidência brasileira não pouparam os jornalistas que tentavam registrar a entrevista do DITADOR Nicolás Maduro. Em meio a um empurra-empurra, um deles agrediu a repórter Delis Ortiz com um soco no peito, deixando a todos atônitos.

 

A cena ultrajante, típica de jagunços, na certeza de suas costas quentes para foi presenciada por vários jornalistas que tentavam fazer o seu trabalho e tiveram que lidar com a estupidez arbitrária, insidiosa, pérfida e cruel dos jagunços travestidos de “seguranças”. Todos ficaram indignados e, mesmo diante da gravidade do ato, as imagens captadas não foram suficientes para flagrar a agressão. Apenas registros posteriores foram feitos e, neles, é possível ver a revolta dos profissionais da imprensa.

 

A situação piorou quando outros jornalistas também foram agredidos pelos seguranças e um homem, apontado como o responsável pelo ataque, foi identificado. Delis foi conduzida para uma sala onde recebeu atendimento médico e, felizmente, está bem agora. Porém, toda a situação gerou indignação e revolta, causando uma onda de críticas e repúdio por parte da imprensa.

 

Isso pode ser comum lá na Venezuela. Estão querendo tornar isso comum também no Brasil. Nós, jornalistas, não podemos consentir isso. Já superamos , ao menos cremos, os tempos de coronelismo. E jagunço aqui tem que ir pra cadeia. Autoridade que mantém jagunço deve ter o mesmo destino.

 

Sabemos que a classe política se incomoda demais com o trabalho da imprensa. E, por esta razão, agredir jornalista jamais estará equiparado a homofobia, racismo, Lei Maria da Penha, ou outras práticas que – com muita luta das minorias, agravou penas desses criminosos.

 

Ao contrário disso, o que se vê são agentes políticos cada vez mais insuflando a sociedade contra a imprensa e jornalistas de modo em geral, estimulando as pessoas a agredir repórteres. Profissionais de comunicação que, assim como qualquer membro de outra carreira, trabalham em prol da sobrevivência familiar.

 

Quem se elegeu falando em democracia não pode estender tapete vermelho para chefes de estado autoritários, cujos regimes de governo não se assemelham aos princípios constitucionais brasileiros, muito bem definidos do primeiro ao quinto artigo da Constituição Federal.

 

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores lamentou o ocorrido, mas afirmou que tomará providências para apurar responsabilidades. A Secretaria de Imprensa da Presidência da República também condenou as agressões e declarou que todas as medidas serão tomadas para evitar que algo assim aconteça novamente. A Globo, por sua vez, se solidarizou com a jornalista Delis Ortiz e aguarda as devidas punições para os responsáveis pelo ataque.

 

Em um momento tão dramático como esse, é preciso ressaltar a importância da liberdade de imprensa e do papel fundamental que os jornalistas têm na sociedade. A violência contra os profissionais da comunicação é uma afronta à democracia e não pode ser tolerada. Gozar do direito à informação é algo que deve ser respeitado e garantido por todas as autoridades.

 

ABERT divulga nota de repúdio

 

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (ABERT) repudia as agressões sofridas por jornalistas brasileiros e estrangeiros durante declaração do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, nesta terça-feira (30), no Palácio do Itamaraty, em Brasília.

Após a reunião com presidentes da América do Sul, seguranças empurraram e agrediram os repórteres que tentaram se aproximar de Maduro. Tais ações violentas provocaram a indignação dos profissionais presentes. Houve um princípio de tumulto.

É injustificável e inaceitável que em um governo democrático como no Brasil, seguranças agridam a imprensa, a exemplo do que habitualmente acontece na Venezuela.

A ABERT reafirma a defesa intransigente da liberdade de expressão e do direito à livre informação e pede às autoridades brasileiras uma rigorosa apuração do caso e punição dos agressores”.

A ANJ também repudiou ataque

 

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) repudia com veemência as agressões contra jornalistas que procuraram uma aproximação com o presidente Nicolás Maduro, da Venezuela, ao fim da reunião de presidentes do continente em Brasília, nesta terça-feira (30).

A violência contra a imprensa é inaceitável em uma democracia. A ANJ aguarda uma apuração rigorosa das autoridades com a devida responsabilização dos agressores, sejam eles brasileiros ou estrangeiros”.

 

 

ABERT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMISSORAS DE RÁDIO E TELEVISÃO

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