Itaipu conclui primeira fase de ilha solar flutuante para gerar energia limpa

Itaipu conclui primeira fase de ilha solar flutuante para gerar energia limpa | Elder Alejandro Baez Flores/Itaipu Nacional
A hidrelétrica de Itaipu, na fronteira entre Brasil e Paraguai, concluiu a primeira fase do projeto piloto de uma ilha solar flutuante. O sistema vai gerar energia limpa para uso próprio da usina.
O empreendimento instalou 1.568 painéis fotovoltaicos no reservatório do Rio Paraná, que abastece as 20 turbinas de Itaipu. A primeira fase terminou em 26 de setembro, informou a empresa na sexta-feira (3).
A ilha solar ocupa 7,6 mil m², quase o tamanho de um campo de futebol. Nas próximas duas semanas, serão instalados os últimos equipamentos, conectados os cabos de energia e comunicação, e iniciados os testes frios e quentes. A operação deve começar em novembro, com geração de 1 MWp, suficiente para abastecer 650 casas.
Investimento e construção
O projeto custou US$ 854,5 mil (aproximadamente R$ 4,5 milhões). As obras são executadas pelo consórcio binacional Sunlution (Brasil) e Luxacril (Paraguai).
O engenheiro Márcio Massakiti Kubo, da Superintendência de Energias Renováveis, explicou que o cronograma sofreu ajustes devido às chuvas e à segurança dos trabalhadores, principalmente próximo ao vertedouro e às áreas de navegação.
Avaliação e monitoramento
Após o início da operação, o projeto passará por um ano de avaliação sobre viabilidade técnica, benefícios e impactos ambientais. Serão monitorados aspectos como habitat de aves e peixes, qualidade da água e floração de algas.
Segundo Itaipu, 1% do reservatório coberto por placas solares pode gerar 3,6 TWh ao ano, cerca de 4% da produção anual da hidrelétrica em 2023. Caso seja possível cobrir 10% da área, a capacidade da empresa poderia dobrar, chegando a 14 mil MW.
Recorde de produção
Itaipu responde por 9% da energia elétrica consumida no Brasil. A usina é binacional e o lado brasileiro fica em Foz do Iguaçu (PR).
No dia 5 de setembro, a hidrelétrica alcançou 3,1 bilhões de MWh produzidos desde 1984. Essa energia seria suficiente para abastecer o mundo por 44 dias ou o Brasil por seis anos e um mês.
Além da energia hidrelétrica, Itaipu investe em pesquisas de hidrogênio verde, biocombustíveis e biogás, transformando até apreensões de contrabando em energia renovável.
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