Nesta quarta-feira, uma operação está sendo realizada pela força-tarefa criada pelo governo do Rio contra o desmanche irregular de veículos. Composta por Detran.RJ, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Instituto estadual do Ambiente e Secretaria de Fazenda, a ação ocorre em um ferro velho localizado em Itaboraí, na Região Metropolitana. Essa é a terceira fase da operação, que tem como objetivo combater esse tipo de crime.
Na segunda-feira, os policiais estiveram em dois ferros-velhos do município e prenderam seus donos, Marcos Luiz Baptista e Aislan Diego dos Santos. Marcos foi autuado por receptação e crimes contra o meio ambiente, pagou fiança e responde em liberdade. Já Aislan, que possui histórico criminal por tráfico e furto, além de ter perdido uma das pernas num confronto com a PM no Complexo do Alemão, encontra-se preso e responde por receptação.
Hoje, os agentes estão retirando quatro carros roubados encontrados no ferro-velho de Marcos Luiz, na Rodovia Mário Covas (BR-101), próximo ao bairro de Três Pontes. Glaucio Silva, corregedor do Detran.RJ, afirmou que a força-tarefa fiscalizará todos os estabelecimentos conhecidos como ferros-velhos no estado, que atualmente são chamados de empresas de desmontagem. Segundo ele, esses locais devem se adequar à legislação federal e estadual vigentes. O Detran está responsável pelo cadastramento desses estabelecimentos, e a fiscalização será mais rigorosa, com a aplicação de sanções previstas pela legislação.
Os carros encontrados não possuem documentação que comprove sua venda, e serão encaminhados para uma empresa de reciclagem para a destinação final. O material será pesado, prensado e voltará ao mercado como forma de aço, seguindo o processo de reaproveitamento.
Legalizar os ferros-velhos é um desafio, uma vez que a prática de funcionar de maneira irregular é quase uma “cultura” nesses espaços. O cadastramento no Detran está aberto, e é recomendado que aqueles que desejam se legalizar procurem o órgão imediatamente, tanto de forma digital quanto presencialmente. O objetivo é organizar esse mercado, o que representa um desafio para o estado.