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Israel sob pressão internacional para cessar fogo em Gaza

Israel sob pressão internacional para cessar fogo em Gaza

Foto: Mahmud Hams – AFP

Nesta terça-feira (19), Israel se encontra sob uma intensa pressão internacional para buscar um cessar-fogo na Faixa de Gaza. Além de uma votação prevista na ONU, potências ocidentais estão realizando gestões diplomáticas nesse sentido, mesmo com a promessa dos Estados Unidos de continuar fornecendo armas ao país aliado.

O Conselho de Segurança da ONU analisará um novo texto que solicita o “cessar urgente e duradouro das hostilidades” no território palestino cercado, após vários vetos dos Estados Unidos. Enquanto isso, o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, se reunirá com seus homólogos da França e Itália para pressionar por um “cessar-fogo sustentável” no conflito.

A guerra em Gaza começou com o violento ataque do Hamas em 7 de outubro, quando o movimento islamista matou 1.139 pessoas em Israel, principalmente civis, e sequestrou quase 250, de acordo com as autoridades do país. O Ministério da Saúde do Hamas afirma que 19.400 pessoas, a maioria mulheres e crianças, morreram na ofensiva de Israel em resposta ao ataque.

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Nesta terça-feira, pelo menos 20 pessoas morreram em um bombardeio israelense na cidade de Rafah, incluindo quatro menores de idade e um jornalista, segundo o ministério palestino.

Em uma visita a Israel na segunda-feira, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, prometeu que Washington continuará fornecendo armas ao aliado, que já recebeu bilhões de dólares em ajuda militar do governo americano. Além disso, Austin anunciou a criação de uma coalizão de 10 países para enfrentar os ataques dos rebeldes huthis do Iêmen no Mar Vermelho, lançados como retaliação pela guerra em Gaza.

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Enquanto a busca por um novo cessar-fogo prossegue, o Hamas sinaliza estar preparado para uma troca de prisioneiros após a pausa nas hostilidades. Em novembro, uma trégua humanitária permitiu a libertação de 105 reféns em Gaza em troca da soltura de 240 palestinos detidos em prisões de Israel.

A situação dos 2,4 milhões de habitantes de Gaza preocupa a comunidade internacional, devido aos constantes bombardeios, escassez de água e alimentos e deslocamentos em massa. A operação militar de Israel em Gaza recebeu críticas do chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, que destacou a “terrível falta de distinção” do país no conflito. A ONG Human Rights Watch acusou Israel de utilizar a inanição como método de guerra e impedir o fornecimento de água, alimentos e combustível, além de destruir áreas agrícolas.

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Israel respondeu às acusações, afirmando que a organização não tem base moral para falar sobre Gaza, pois ignorou o sofrimento e os direitos humanos dos israelenses. Um relatório do diretor de Inteligência Nacional dos Estados Unidos sugere que quase metade das munições lançadas por Israel não são teleguiadas, o que a Força Aérea israelense nega, afirmando que todas as bombas utilizadas são de alta precisão.

Nesta terça-feira, o Exército de Israel anunciou a morte de dois soldados, elevando para 131 o número de militares mortos desde o início da operação terrestre em Gaza, no fim de outubro.

Enquanto isso, em Tel Aviv, diversos israelenses protestaram exigindo ações que resultem na rápida libertação dos 129 reféns ainda sob o poder do Hamas em Gaza. A indignação e o medo dos parentes das vítimas aumentaram após a confirmação de que três reféns foram mortos por engano por soldados israelenses. A guerra em Gaza também intensificou a violência na Cisjordânia ocupada, onde forças israelenses mataram quatro palestinos na segunda-feira em um campo de refugiados, segundo o Ministério palestino da Saúde.

 

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