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O Exército israelense anunciou neste domingo (24) que está intensificando suas operações contra o movimento islamista Hamas no sul da Faixa de Gaza. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que essa será uma guerra longa e declarou: “Vou ser claro: a guerra será longa (…) até que o Hamas seja eliminado e a segurança seja restabelecida tanto no norte quanto no sul”.
Netanyahu prestou uma homenagem aos 153 soldados israelenses que morreram desde o início da ofensiva terrestre em Gaza e afirmou que, apesar do alto preço que a guerra está custando, eles não têm escolha além de continuar lutando.
O conflito teve início em 7 de outubro, após um ataque do Hamas que resultou na morte de quase 1.140 pessoas em território israelense, a maioria delas civis. Além disso, 240 pessoas foram sequestradas, sendo que 129 ainda estão em cativeiro em Gaza.
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Israel prometeu “aniquilar” o Hamas em resposta a esses ataques e desde então tem realizado uma ofensiva terrestre e aérea no território palestino, que é governado pelo grupo islamista desde 2007.
De acordo com o Hamas, considerado um grupo terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia, 20.424 pessoas morreram desde o início da guerra em Gaza, a maioria mulheres e menores de idade. Nas últimas 24 horas, foram registradas 166 mortes, elevando o número total para 54.000 feridos, segundo o Ministério da Saúde do Hamas.
Embora os combates até agora tenham se concentrado no norte da Faixa de Gaza, o Exército anunciou que as operações serão estendidas ao sul, onde milhares de civis procuraram refúgio. O porta-voz do Exército, Jonathan Conricus, afirmou que após a Cidade de Gaza, eles se concentrarão em Khan Yunis, localidade de nascimento do líder do Hamas em Gaza e centro de poder do movimento.
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Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um apelo ao primeiro-ministro de Israel para que proteja a população civil. Washington mantém seu apoio a Israel, mas tem insistido para que o país reduza a intensidade da ofensiva.
Na Cisjordânia ocupada, Belém, onde Jesus nasceu segundo a tradição cristã, se prepara para um Natal sem fiéis e com forte presença policial. As autoridades decidiram não montar a tradicional decoração natalina este ano, bem como cancelaram a maioria das celebrações devido à situação em Gaza.
Em Gaza, os ataques continuaram em Jabaliya, Cidade de Gaza e Khan Yunis. Quase 80% da população de 2,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados devido aos combates, de acordo com a ONU. A situação no território é catastrófica, com a maioria dos hospitais fora de serviço e níveis elevados de insegurança alimentar.
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O Exército de Israel afirmou que matou “mais de 200 terroristas” na última semana e “mais de 700” desde o início do conflito. Os bombardeios foram interrompidos apenas por uma semana, quando as duas partes concordaram com um cessar-fogo no final de novembro.
Na sexta-feira, uma resolução no Conselho de Segurança da ONU foi aprovada, pedindo a Israel para permitir o envio seguro e imediato de ajuda vital a Gaza “em larga escala”. A resolução defende a criação das condições para um cessar duradouro das hostilidades.
Os moradores de Gaza criticaram a comunidade internacional, afirmando que em vez de aumentar a ajuda humanitária, deveriam parar de apoiar Israel e fornecer armas. Eles pedem o fim da guerra e a busca pela paz.