IPHAN doa materiais à Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres em Itaboraí
IPHAN doa materiais à Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres em Itaboraí | Divulgação/Prefeitura de Itaboraí
O IPHAN doa materiais à Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres, fortalecendo o trabalho de preservação do acervo histórico em Itaboraí. A entrega, realizada nesta terça-feira (4), incluiu armários, cadeiras, computadores e estantes, ampliando a estrutura do espaço cultural.
A Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres (CCHAT), no Centro de Itaboraí, ganhou um reforço importante do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). A doação de materiais e mobiliários vai melhorar o acondicionamento e a organização do acervo, que preserva parte essencial da memória cultural da cidade.
O envio faz parte de um termo de cooperação técnica entre o IPHAN e a Casa de Cultura. A parceria foi oficializada após análises e visitas técnicas que confirmaram o avanço no trabalho de preservação desenvolvido pela equipe local. Durante a inspeção, os representantes do IPHAN acompanharam de perto o processo de catalogação, digitalização e conservação de obras, cartas e documentos históricos.
Desde o início da atual gestão, o espaço passou por um processo intenso de modernização. A equipe classificou, higienizou e informatizou mais de 10 mil livros e periódicos da biblioteca pessoal de Heloísa Alberto Torres e de sua família. O número supera com folga os cerca de quatro mil registros anteriores. Além disso, 500 cartas e correspondências de grande valor histórico foram encaminhadas ao Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST) para restauração e tratamento.
“Essa doação representa um avanço significativo para a Casa de Cultura Heloísa Alberto Torres. São materiais que irão otimizar o trabalho técnico e garantir melhores condições para o cuidado e preservação do nosso acervo”, destacou o subsecretário de Cultura e gestor da CCHAT, Alan Mota.
O casarão histórico do século XIX que abriga a instituição foi doado em vida ao IPHAN pelas irmãs Torres. O espaço nasceu com o objetivo de se tornar um centro de referência cultural e manter vivo o legado da família. Heloísa Alberto Torres, antropóloga e fundadora da FUNAI, foi também a primeira mulher a dirigir o Museu Nacional. Seu pai, Alberto Torres, nascido em Porto das Caixas, foi governador do antigo Estado do Rio de Janeiro e um dos principais pensadores republicanos do país.
A ação contou com apoio da Secretaria Municipal de Educação, responsável pelo transporte dos materiais, e da Secretaria de Transportes, que auxiliou na logística. A Secretaria de Comunicação Social também integra a iniciativa, garantindo que a população acompanhe o fortalecimento do patrimônio histórico da cidade.
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