O CEO da NVIDIA, Jensen Huang, enviou um e-mail a toda sua equipe declarando que a empresa não é mais focada em gráficos, mas sim em inteligência artificial. A informação foi revelada pelo vice-presidente de marketing corporativo, Greg Estes, ao The New Yorker. Segundo Estes, o e-mail de Huang deixou claro que a partir de segunda-feira a empresa será dedicada ao deep learning e que a era dos gráficos ficou para trás. Essa mudança de direção vem logo após o desenvolvimento de AlexNet, modelo de inteligência artificial desenvolvido por Alex Krizhevsky e Ilya Sutskever, utilizando a GPU da NVIDIA.
A NVIDIA tem mostrado um interesse crescente no campo da inteligência artificial ao longo do ano de 2023, tendo seus esforços em supercomputação impulsionado suas receitas e acompanhado a tendência iniciada pelo ChatGPT. Agora, a empresa está trabalhando em diversos softwares e hardwares voltados para IA, colocando as GPUs para games em segundo plano. Porém, isso não significa que ela abandonará esse mercado completamente. A NVIDIA afirmou que continuará lançando placas de vídeo, como os novos modelos RTX 40 SUPER que serão revelados na CES 2024, além das GPUs “Blackwell” previstas para 2025.
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A ascensão da NVIDIA no campo da inteligência artificial, impulsionada pelo ChatGPT, não apenas contribuiu para o desenvolvimento do modelo, mas também atraiu uma ampla gama de clientes interessados em expandir seus negócios nesse setor. Essa empreitada rendeu à empresa uma posição de destaque no mercado, ficando atrás apenas da Amazon e da Alphabet em termos de rentabilidade.
Embora a NVIDIA esteja cada vez mais focada em IA, isso não significa que ela tenha abandonado completamente o mercado de gráficos. Recursos como o DLSS 3.5, que utiliza IA para aprimorar a qualidade de imagem em jogos, e o futuro ACE, que promete melhorias significativas em áreas como ray tracing, demonstram o compromisso da empresa em atender às demandas dos gamers.
Essa mudança de foco provavelmente intensificará a competição entre a NVIDIA, AMD e Intel. Com seus projetos de GPUs mais robustas, é possível que essas empresas se enfrentem em algum momento. No entanto, Jensen Huang já deixou claro que não pretende competir diretamente com a Intel, afirmando que “eu não vou na mesma direção que eles. Assim que eles se aproximarem, eu pego meus chips e corro para outro lado”.