Jacqueline Iris Bacellar de Assis, auxiliar administrativa que trabalhava no PCS Lab, negou envolvimento em fraudes em laudos de HIV. A defesa da profissional afirma que o laboratório manipulou documentos e utilizou indevidamente seu nome. Jacqueline se apresentou voluntariamente à Polícia Civil na tarde desta terça-feira (15), após ser considerada foragida.
Os advogados de Jacqueline destacam que a profissional foi contratada apenas para verificar possíveis erros de digitação em laudos. A defesa alega que o laboratório falsificou sua assinatura em um documento que contém um registro de biomédica — área na qual ela nunca atuou.
“Jacqueline tem registro no Conselho Federal de Farmácia e jamais trabalhou como biomédica”, afirma o comunicado do escritório Badin e Montezuma Advogados Associados.
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Segundo a defesa, o laboratório utilizou documentos e mensagens falsas para incriminá-la.
Durante a admissão, ela apresentou o diploma original e registro como farmacêutica. Em relação a uma mensagem que circula com um suposto diploma de biomédica, os advogados dizem que a prova é forjada.
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Jacqueline foi alvo da Operação Verum da Polícia Civil, deflagrada na última segunda-feira (14). No entanto, como não foi localizada na ocasião, foi declarada foragida até sua apresentação nesta terça-feira. O técnico de laboratório Cleber de Oliveira Santos continua foragido.
Além da prisão de Jacqueline, outras duas pessoas já foram detidas: Walter Vieira, sócio do PCS Lab Saleme, e Ivanilson Fernandes dos Santos, responsável técnico pelo laboratório. As prisões fazem parte de uma investigação sobre fraudes em laudos e irregularidades sanitárias.
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De acordo com a Polícia Civil, a operação identificou falhas graves no controle de qualidade dos testes de HIV realizados pelo PCS Lab. As investigações apontaram que, por orientação interna, a frequência das análises de reagentes foi reduzida de diária para semanal, visando cortar custos e aumentar os lucros.
Os presos responderão por crimes contra as relações de consumo, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, associação criminosa e infração sanitária. A Polícia Civil segue em busca de outros envolvidos para concluir a investigação.