Incêndios no Rio de Janeiro: Governador fecha 40 parques e mobiliza combate

Incêndios no Rio de Janeiro: Governador Cláudio Castro determina o fechamento de 40 parques e articula ações de combate a incêndios, sobretudo aqueles que possam estar associados a crimes | Rafael Wallace/Governo do Estado do RJ

O governo do Rio de Janeiro entrou em estado de alerta máximo. Diante da fúria crescente das queimadas, o governador Cláudio Castro ordenou nesta sábado (14) o fechamento de todas as 40 unidades de conservação estaduais, incluindo 20 parques com visitação pública.

A medida tem como objetivo concentrar todos os esforços no combate aos incêndios florestais que têm devastado o estado. Somente nos últimos dias, o Rio de Janeiro contabilizou 779 focos de incêndio, um número que simboliza a batalha entre a preservação e a destruição. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro foi acionado para lidar com 345 focos em um único dia, extinguindo 333.

“A decisão de fechar os parques visa voltar os esforços para o combate aos incêndios que têm ocorrido nos últimos dias. E garantir a segurança de famílias e demais frequentadores destas áreas. O fechamento dos parques é importante para extinguir e prevenir incêndios nas matas. É importante lembrar que qualquer pessoa que avistar um incêndio deve ligar para o número 193 e informar a corporação” destacou Cláudio Castro.

Reunião de fogo

Na próxima segunda-feira (16/09), o governador Cláudio Castro se reunirá com o Gabinete de Crise, criado para acelerar o controle das queimadas, diante sobretudo do cenário preocupante. Ainda mais após os secretários Bernardo Rossi (Ambiente e Sustentabilidade) e o coronel Tarciso Salles (Defesa Civil e Corpo de Bombeiros), terem sobrevoado as áreas mais afetadas.

Tecnologia em ação

Os bombeiros atuam em uma operação de guerra, com apoio aéreo e terrestre, utilizando materiais de última geração para extinguir as chamas. Por exemplo, drones equipados com câmeras térmicas e aeronaves com capacidade para transportar até 1.200 litros de água.

“As nossas aeronaves são ferramentas muito importantes, porque muitos focos de incêndio estão no topo das montanhas, em locais de difícil acesso. Então, fazemos o combate terrestre e também aéreo com a utilização de helicópteros e também dos nossos drones, que fazem o monitoramento – frisou.

Repressão aos crimes ambientais

Enquanto o fogo avança, o Governo do Estado se empenha em reprimir os crimes ambientais que potencializam essa crise. Em parceria com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, o secretário Bernardo Rossi convocou a população a denunciar atos criminosos.

“Estamos com uma parceria muito grande com a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente. Pedimos que as pessoas denunciem, porque, infelizmente, tem muita gente que aproveita os momentos de seca para fazer queimadas, declarou Rossi.