Deputada federal Talíria Petrone fala em impunidade e protesta contra absolvição de PM acusado de matar menina Ágatha Félix pelo Tribunal do Júri do Rio de Janeiro | Marcelo Feitosa/Folha do Leste
A deputada federal Talíria Petrone (Psol) classificou como “inaceitável” a absolvição do policial militar Rodrigo José de Matos Soares, acusado pelo disparo que matou Ágatha Félix, de 8 anos, em 2019. A decisão do júri popular, lida pelo juiz Cariel Bezerra Patriota na madrugada deste sábado (9), gerou forte reação entre familiares, setores políticos e representantes jurídicos. Para Petrone, o veredito reforça um sistema que “mata e depois silencia”.
“Ágatha era só uma criança, e sua morte não pode ser tratada com descaso. Não vamos tolerar a impunidade que escolhe quem vive e quem morre”, afirmou a deputada, destacando a necessidade de Justiça no caso.
A tragédia ocorreu quando Ágatha e sua mãe retornavam para casa, dentro de uma Kombi, após um passeio. Vanessa Sales, mãe da menina, descreveu o momento em que a filha foi atingida por um tiro de fuzil disparado pelo PM. Ela relatou que o motorista da Kombi precisou socorrer a criança, já que os policiais presentes não ofereceram ajuda.
Durante o julgamento, depoimentos emocionantes ressaltaram o impacto do caso para familiares e moradores da comunidade da Fazendinha, no Complexo do Alemão. Os jurados confirmaram que Soares foi o autor do disparo que matou Ágatha. Contudo, concluíram que ele não tinha a intenção de matar a menina, decidindo absolvê-lo do crime. Apesar disso, o Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou que recorrerá da decisão.
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