Uma idosa que ficou “grávida” por 56 anos morreu após o parto, aos 81 anos. O fato aconteceu no dia 15 de março, após uma cirurgia para remover um “bebê de pedra” de seu abdômen. Daniela Almeida Vera deu entrada no Hospital Regional de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, no dia anterior (14), com fortes dores abdominais, bem como quadro de infecção.
De antemão, exames de imagem por tomografia 3D computadorizada, revelaram a presença de um feto calcificado, no útero da mulher. Os médicos que fizeram seu acompanhamento clínico avaliaram que o mesmo deveria estar no corpo da paciente há 56 anos, desde sua última gestação.
A condição rara, conhecida como litopedia, ocorre quando um feto morre, porém calcifica dentro do útero da mãe.
Leia também: ►Genro manda caixão de presente para sogro vivo
Após a cirurgia, a idosa foi transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu a uma infecção generalizada. Por conta disso, faleceu. Segundo o médico e secretário municipal de Saúde de Ponta Porã, Patrick Derzi, a paciente residia em Aral Moreira. A cidade fica a 84 km de distância de Ponta Porã.
À imprensa, o doutor Derzi explicou que a litopedia se trata de um caso raro. Ela pode ocorrer, sobretudo, quando um feto não se desenvolve completamente e morre dentro do útero.
Em alguns casos, o corpo da mãe consegue absorver os restos do feto, mas em outros, ele se calcifica e pode permanecer no corpo por décadas. Tal qual ocorreu no caso em em questão. Daniela deixa sete filhos e 40 netos