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Hospital Oceânico Niterói completa cinco anos de história

Hospital Oceânico Niterói completa cinco anos de história | Divulgação/Claudio Fernandes/Prefeitura de Niterói

O Hospital Municipal Oceânico Dr. Gilson Cantarino completa cinco anos nesta quinta-feira (10), somando mais de 81 mil atendimentos desde sua inauguração em Niterói. A unidade foi a primeira no Brasil voltada exclusivamente ao tratamento da Covid-19.

Durante os anos de 2020 e 2021, 3.479 casos graves da doença foram tratados no local. Entre os pacientes atendidos, está o aposentado Theophilo Daher, de 62 anos. Morador de Icaraí, ele ficou internado por 81 dias, sendo 40 deles em coma induzido. Hoje, retornou à unidade para reencontrar os profissionais de saúde que o acompanharam.

“Aqui foi minha casa durante um tempo. Esse hospital me acolheu e salvou minha vida”, disse.

No reencontro, Theophilo percorreu os corredores e cumprimentou cada médico, enfermeiro e terapeuta com abraços e palavras de agradecimento.

“A emoção é muito grande, me deram a oportunidade de viver novamente. Sou muito grato a tudo o que eles fizeram. Não só ao hospital, mas principalmente à Prefeitura de Niterói, que equipou essa unidade e colocou profissionais altamente qualificados na linha de frente do combate à covid-19”, declarou, emocionado.

O edifício onde funciona o hospital foi originalmente projetado para uso privado. Em março de 2020, a Prefeitura de Niterói arrendou o local, que passou por adaptações rápidas. No mês seguinte, já recebia os primeiros pacientes acometidos pelo novo coronavírus.

Hospital Oceânico Niterói completa cinco anos de história | Divulgação/Bruno Eduardo Alves/Prefeitura de Niterói

Com a redução dos casos de Covid-19, o perfil do hospital foi alterado. Atualmente, a unidade realiza cirurgias e tratamentos especializados. Também são atendidos pacientes transferidos de outras unidades e aqueles em processo de reabilitação.

“A pandemia foi um dos momentos mais críticos que passamos em nossa cidade, mas graças a uma ação rápida da nossa gestão conseguimos dar o suporte necessário à população investindo na abertura do Hospital Oceânico, que foi o primeiro do estado do Rio a oferecer atendimento especializado em Covid-19. Passado esse período difícil, o hospital segue sendo referência em nossa cidade com atendimento diferenciado e de muita qualidade”, disse o prefeito Rodrigo Neves.

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O hospital executa 75 tipos de procedimentos, entre eles cirurgias para tumores de mama, colo de útero, próstata, bexiga, rim e tireoide. Desde a abertura, já foram realizadas mais de 10 mil intervenções cirúrgicas, até 31 de março de 2025.

O ambulatório da unidade integra diferentes fases do tratamento oncológico. Oncologistas e enfermeiros especializados acompanham exames e diagnósticos como histeroscopias, radiologia intervencionista e biópsias. Apenas em 2024, mais de 4.600 mamografias foram realizadas.

Criado em 18 de agosto de 2021, o Centro de Reabilitação Pós-Covid do hospital segue em atividade. Por mês, são realizados cerca de 300 atendimentos a pacientes encaminhados pela rede básica de saúde.

Hospital Oceânico Niterói completa cinco anos de história | Divulgação/Claudio Fernandes/Prefeitura de Niterói

Inicialmente voltado à reabilitação de pacientes com sequelas da Covid-19, o centro passou a incluir casos diversos com a queda nos números da doença. Hoje, quatro pacientes ainda recebem cuidados relacionados às sequelas do vírus.

“O Hospital Oceânico hoje faz parte da rede de saúde e atende diariamente dezenas de pessoas, sejam pacientes cirúrgicos, do centro de reabilitação ou transferidos de outras unidades, sendo uma unidade estratégica para a rede de saúde do município”, afirmou a secretária de saúde de Niterói, Ilza Fellows.

Entre os pacientes está Simone de Fátima Godinho, de 53 anos. Dona de casa, ela teve Covid-19 três vezes. Após a última infecção, passou a sentir dores intensas e recebeu diagnóstico de fibromialgia. Simone segue tratamento semanal no centro.

“Quando eu venho ao Oceânico sinto vontade de morar aqui, porque é um dos poucos momentos do dia que eu não sinto dor. É um alívio e parece que a fisioterapeuta vai aonde tem a dor e mexe e eu me sinto bem melhor. Sempre fui muito bem atendida e acolhida aqui. Esse hospital é um modelo para qualquer unidade do país, desde a recepção, médicos, enfermeiros, toda a equipe, eu sempre fui muito bem tratada”, disse Simone.

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